Consultoria multinacional especializada na gestão de incentivos fiscais e financiamento à pesquisa e desenvolvimento, o FI Group elaborou um levantamento que aponta a Lei do Bem (11.196/05) como o incentivo fiscal de maior interesse pelas empresas brasileiras.
Segundo a revista Veja, apenas em 2021, foram submetidas 803 candidaturas – um aumento de 10% em comparação com 2020 – e 1.125 projetos relacionados à Lei do Bem, geridos pelo FI Group, originando uma renúncia fiscal de 954 milhões de reais.
De acordo com o gerente de Controle e Planejamento do FI Group, Rafael Jesus, o cenário pandêmico vivenciado em 2020 afetou o desenvolvimento tecnológico e econômico de todos os países, e o Brasil não foi uma exceção. O especialista ressalta que isso impactou na ocorrência de muitas empresas apresentarem prejuízo fiscal, impedindo a conquista de um pré-requisito essencial para usufruir da Lei do Bem, que é possuir lucro fiscal.
No entanto, para o especialista, a retomada do crescimento econômico em 2021 foi uma das grandes responsáveis pelo sucesso da adesão à Lei do Bem pelas empresas. “Em 2021, a incidência de empresas que apresentaram enquadramento para a utilização do incentivo fiscal voltou a aumentar, guiadas principalmente pelos desenvolvimentos tecnológicos que foram necessários para a sobrevivência do negócio no período da pandemia, possibilitando avanços tecnológicos que requereram investimento em processos integrados e mudança cultural”, explica.