Próximo bombardeiro estratégico da Força Aérea dos EUA (USAF, na sigla em inglês), o B-21 Raider da Northrop Grumman foi conhecido pelo público na última sexta-feira (2) nas instalações da fabricante em Palmdale, no estado da Califórnia.
O primeiro voo do novo bombardeiro, que também vai substituir o B-1B Lancer, é programado para 2023, embora sua introdução no serviço militar deva ocorrer somente no fim desta década.
A Northrop Grumman listou 10 fatos importantes sobre o bombardeiro furtivo de nova geração. Confira:
Sexta geração
O B-21 Raider se beneficia de mais de três décadas de tecnologia de ataque e furtividade (“invisível” aos radares). É a nova evolução, a sexta geração da frota de bombardeiros estratégicos da USAF. Desenvolvido com novas tecnologias furtivas, recursos avançados de rede e uma arquitetura de sistemas abertos, o B-21 é otimizado para o ambiente de ameaças de alto nível. Desempenhará um papel crítico em ajudar a Força Aérea a cumprir suas missões mais complexas.
Furtividade
A Northrop Grumman está avançando continuamente em tecnologia, empregando novas técnicas de fabricação e materiais para garantir que o B-21 derrote os sistemas anti-acesso e de negação de área que enfrentará.
Espinha dorsal da frota
O B-21 proporcionará uma nova era de capacidade e flexibilidade por meio da integração avançada de dados, sensores e armas. Capaz de transportar cargas convencionais e nucleares, o Raider será uma das aeronaves mais eficazes no céu, com a capacidade de usar uma ampla combinação de munições stand-off e de ataque direto.
Bombardeiro digital
A Northrop Grumman usa desenvolvimento ágil de software, técnicas avançadas de fabricação e ferramentas de engenharia digital para ajudar a mitigar o risco de produção no programa B-21 e possibilitar práticas modernas de sustentabilidade. Seis Raiders estão em vários estágios de montagem final e teste na fábrica da Northrop Grumman em Palmdale, Califórnia.
Tecnologia de nuvem
A Northrop Grumman e a USAF demonstraram com sucesso a migração dos dados dos sistemas terrestres do B-21 para um ambiente de nuvem. Esta demonstração incluiu o desenvolvimento, implantação e teste dos dados do Raider, incluindo o gêmeo digital da aeronave, que apoiará as operações e sustentação dos modelos reais. Essa robusta infraestrutura digital baseada em nuvem resultará em uma aeronave mais fácil de manter e sustentável com infraestrutura de baixo custo.
Arquitetura aberta
Para atender ao ambiente de ameaças em evolução, o B-21 foi projetado desde o primeiro dia para uma rápida capacidade de atualização. Ao contrário das aeronaves da geração anterior, o Raider não passará por atualizações de bloco. Novas tecnologias, capacidades e armas serão incorporadas de forma transparente por meio de atualizações de software ágeis e flexibilidade de hardware integrada. Isso garantirá que o novo bombardeiro possa enfrentar continuamente a ameaça em evolução nas próximas décadas.
Seleção nacional
Desde a assinatura do contrato com a USAF em 2015, a Northrop Grumman montou uma equipe nacional para projetar, testar e construir a aeronave de ataque mais avançada do mundo. A equipe B-21 inclui mais de 8.000 pessoas da Northrop Grumman, parceiros da indústria e da Força Aérea. A equipe é composta por mais de 400 fornecedores em 40 estados.
Sustentação
Operações de longo prazo e acessibilidade de manutenção têm sido uma prioridade do programa B-21 desde o início. Em parceria com a USAF, a Northrop Grumman tornou a manutenção um requisito igualmente importante para o desempenho furtivo para garantir a condução das operações e resultados de sustentação mais acessíveis e previsíveis.
Alcance global
O B-21 Raider será a espinha dorsal da frota de bombardeiros da USAF e fundamental para apoiar a estratégia de dissuasão estratégica dos EUA. Além de suas capacidades avançadas de ataque de precisão de longo alcance que proporcionarão aos Comandantes Combatentes a capacidade de manter qualquer alvo, em qualquer lugar do mundo em risco, ele também foi projetado como o principal componente de uma família maior de sistemas que fornecerá inteligência, vigilância e reconhecimento, ataque eletrônico e recursos de rede multidomínio.
Raider
O B-21 Raider (palavra que tem diferentes significados em português, como “Invasor” ou “Assaltante”) é nomeado em homenagem ao “Doolittle Raid” da Segunda Guerra Mundial, quando 80 aviadores, liderados pelo tenente-coronel James “Jimmy” Doolittle, e 16 bombardeiros médios B-25 Mitchell partiram em uma missão que mudou o curso do conflito (contra o Japão). As ações desses 80 voluntários foram fundamentais para mudar o ímpeto no teatro do Pacífico.