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Geraldo Alckmin coordena a transição de governo Foto: Pedro França/Agência Senado
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segunda-feira 28 de novembro de 2022 às 05:36h

Petistas defendem que Lula segure ‘protagonismo’ de Alckmin na transição

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Incomodados com o que consideram ser um “empoderamento excessivo” do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), petistas têm pedido a Lula de acordo com a coluna de Bela Megale, no O Globo, para que se mude para Brasília o quanto antes. A ideia é que, com o presidente eleito na capital federal, onde funciona a transição de governo, Lula capitalize as decisões e negociações mais importantes que estão em curso.

Pessoas próximas ao presidente eleito afirmam que ele deve mudar para Brasília na primeira quinzena de dezembro e que sua base deve ser um hotel.

A reclamação de petistas é que, como coordenador da transição, o vice eleito passou a ter um “protagonismo exagerado” e a concentrar as agendas e decisões importantes. Quando o petista escolheu Alckmin para o posto de coordenador da transição já houve incômodo entre parte da legenda devido à importância do cargo dado a alguém de fora do partido.

Com isso, a decisão foi fazer uma espécie de coordenação compartilhada entre o ex-tucano com Aloizio Mercadante e Gleisi Hoffmann. Mesmo assim, os petistas seguem incomodados, pois avaliam que o protagonismo segue concentrado em Alckmin. Na tentativa de conter as insatisfações do partido, a própria cúpula da transição incluiu uma ampla base de parlamentares do PT e de legendas aliadas nos grupos de trabalho temáticos.

Em paralelo, há queixas com espaço buscado por aliados do vice-presidente eleito no futuro governo. Como informou a coluna, quadros experientes do PT de dentro e de fora da transição afirmam que alguns “alckmistas” que estavam fora do radar e não foram peças de destaque na campanha estão ambicionando o comando de ministérios considerados chave, como a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Controladoria-Geral da União (CGU).

Lula tem deixado claro que Alckmin terá funções importantes e não será um vice decorativo. Aliados do presidente eleito afirmam que, com essa estratégia, o presidente reconhece o papel do ex-tucano na sua eleição e também ajuda a afastar qualquer brecha para “teorias conspiratórias”.

Na noite de domingo, Lula desembarcou em Brasília, onde passa os próximos dias despachando no Centro Cultural Banco do Brasil, sede da transição, mas retorna para São Paulo no fim da semana. O presidente eleito ficou ausente da capital federal nos últimos 15 dias por participar da COP 27, no Egito, e por fazer uma cirurgia em uma lesão na laringe.

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