O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva deve adiar de acordo com Felipe Frazão, do Estadão, para a próxima semana a viagem a Brasília. A publicação informa que a informação foi apurada com integrantes do gabinete de transição. Lula era esperado na capital federal nesta quarta (23) e quinta-feira (24) para reuniões com líderes e dirigentes de partidos, mas depois que passou por uma cirurgia para retirar uma lesão na laringe, no domingo (20) foi aconselhado pelos médicos a poupar a voz e a evitar discursos por sete dias.
Conforme apurou o #Acesse Política, o jogo de estreia da seleção na Copa do Mundo nesta quinta, também contribuiu para adiar as reuniões.
Um auxiliar que conversou com Lula após a cirurgia disse que ele ainda não recuperou totalmente a voz e está falando em tom baixo para se preservar, conforme orientação médica. Por causa de seu estilo, disse esse colaborador, o presidente eleito não conseguiria participar de reuniões calado. A viagem a Brasília, nesta semana, é tratada nos bastidores como praticamente descartada.
Lula é aguardado para as articulações políticas relacionadas à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que retira o Bolsa Família do teto de gastos e para bater o martelo sobre a composição do grupo técnico que vai lidar com as Forças Armadas, ainda não anunciado. Ele também deve começar as conversas sobre a indicação de ministros.
O gabinete de transição divulgou para esta quarta-feira (23), apenas compromissos do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, coordenador geral, que participará de uma reunião ampliada do Conselho Político, às 9h30. À tarde haverá um encontro do setorial de Justiça com comandantes de Polícias Militares. O senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), por sua vez, apresentará um diagnóstico sobre a segurança pública. Dino é cotado para o Ministério da Justiça.