A reforma administrativa do prefeito ACM Neto (DEM), tal qual a reforma do governador Rui Costa (PT), é esperada com ansiedade por diversos agentes políticos que buscam entender quais serão os movimentos a serem desempenhados e quais reflexos eles vão provocar no cenário político baiano, principalmente, o eleitoral de 2020. O panorama segue atribulado, com movimentações que mudam da noite para o dia conforme publicou o Bnews.
Neto, em conversa com jornalistas nesta última segunda-feira (4), cravou anunciar todas as alterações no dia 4 de fevereiro, quando acontece o retorno dos trabalhos da Câmara de Vereadores de Salvador.
Alguns cenários já possuem desenho, apesar de nenhuma confirmação oficial ter sido feita pelo chefe do Palácio Thomé de Souza.
O vereador e deputado estadual eleito Léo Prates (DEM), apesar de ter afirmado desde o fim do ano passado que ficará no legislativo, vai, conforme fontes para a secretaria de Promoção Social e Combate a Pobreza (SEMPS) na vaga de Isnard Aráujo (PHS), vereador licenciado.
Para compensar o espaço da igreja Universal, a vaga da secretaria de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude, antes no guarda-chuva do PTB com Taissa Gama, derrotada nas urnas na disputa pela Assembleia Legislativa, deve ficar com a vereadora Rogéria Santos (PRB).
O espaço dos petebistas será reduzido na gestão, visto que além de Taissa, perdeu também o pleito eleitoral Benito Gama, seu pai, que tentava reeleição à Câmara Federal. O Solidariedade não conta mais com espaço no secretariado. A pasta do Trabalho, Esporte e Lazer agora segue sob batuta de indicado do PSL.
Uma mudança de conhecimento de todos é a saída de Almir Melo (MDB) da secretaria de Infraestrutura, cujo novo detentor da cadeira será o vice-prefeito Bruno Reis (DEM). A tática é pavimentar o nome de Reis para a disputada próxima de 2020. O ex-emebidebista trabalha incessantemente na possibilidade de ser o candidato a sucessão do prefeito.
A lacuna do MDB, sigla aliada de Neto desde o início da sua gestão, deve ser preenchida na secretaria de Ordem Pública (SEMOP). Ou o próprio Almir ou outro nome assumiria a função de secretário. A queda de Marcus Passos é dada como certa e seria o corte da ligação de Neto com o deputado federal derrotado nas urnas Antônio Imbassahy (PSDB). O tucano já tem espaço reservado no governo de São Paulo, a convite do governador João Dória (PSDB/SP).
Anteriormente, a queda de Bruno Barral da secretaria da Educação era aventada, mas pelo apurado, as arestas foram aparadas com João Gualberto (PSDB), ainda deputado federal e presidente do PSDB baiano. O apadrinhado do tucano deve permanecer.
Outro apadrinhado, Luiz Galvão, indicado do deputado federal eleito João Roma (PRB), estava com o nome na lista de cortes, mas tudo indica que foi salvo da guilhotina do primeiro escalão do chefe do Executivo municipal.