Um tribunal holandês concluiu esta quinta-feira (17) que o voo MH17 da Malaysian Airlines foi abatido por um míssil Buk de fabricação russa sobre o leste da Ucrânia em 2014. O incidente matou todas as 298 pessoas que seguiam a bordo do voo.
Segundo o The Guardian, os cidadãos russos Igor Girkin e Sergey Dubinskiy e o ucraniano separatista Leonid Kharchenko foram considerados culpados pelo tribunal. Um terceiro cidadão russo, Oleg Pulatov, foi absolvido das acusações.
O mesmo tribunal concluiu ainda que Moscovo tinha controlo sobre os separatistas que ordenaram o disparo do míssil, estando agora a preparar uma acusação para três russos e para um separatista ucraniano, que poderão vir a ser responsabilizados por um homicídio em massa.
O veredicto foi lido esta quinta-feira e dita o fim a um julgamento que durou 32 meses, tendo começado em março de 2020.
O voo em causa decolou a 17 de julho de 2014 com destino a Kuala Lumpur, mas acabou por ser abatido poucas horas depois, com um míssil a explodir acima e à esquerda da cabine, fazendo com que o avião se partisse no ar. O avião caiu na vila de Hrabove, região de Donetsk, na Ucrânia.
As vítimas eram de 17 países, incluindo 198 cidadãos holandeses, 43 malaios, 38 australianos e 10 do Reino Unido.