Os líderes das principais economias do mundo vão-se reunir na turística ilha indonésia de Bali na próxima semana para uma cúpula do G20 ofuscada pela guerra na Ucrânia.
Confira detalhes dos participantes abaixo:
Joe Biden
O presidente americano vai à Indonésia para reafirmar a liderança de seu país na cena mundial e para reunir seus aliados ocidentais em sua tentativa de isolar a Rússia pela invasão da Ucrânia.
Antes da cúpula, terá um encontro bilateral com seu homólogo chinês, Xi Jinping. As relações entre as duas potências estão cada vez mais tensas por questões que vão do comércio aos direitos humanos, passando pelo “status” de Taiwan.
Xi Jinping
A cúpula do G20 será o retorno aos grandes fóruns diplomáticos do presidente chinês, que obteve, em outubro, um histórico terceiro mandato à frente do gigante asiático.
Além de se encontrar com Biden, Xi também se reúne com o presidente argentino, Alberto Fernández, e com o presidente francês, Emmanuel Macron, pouco depois de receber o chanceler alemão, Olaf Scholz, em Pequim.
Serguei Lavrov
O ministro das Relações Exteriores vai liderar a delegação russa, no lugar do presidente Vladimir Putin, que anunciou sua ausência em um aparente movimento para se proteger das críticas ocidentais. O Kremlin atribuiu a decisão a “problemas de agenda”.
Em julho, durante uma cúpula dos ministros das Relações Exteriores do G20, Lavrov abandonou uma reunião pelas condenações à guerra na Ucrânia.
Volodimir Zelenski
O presidente ucraniano participará da cúpula, de forma virtual, a convite da Indonésia. Espera-se que ele peça aos líderes reunidos uma resposta mais firme à invasão russa.
Alberto Fernández
Depois de assistir ao Fórum de Paris sobre a Paz, o presidente argentino participa da cúpula do G20 como único líder latino-americano presente, diante das ausências do mexicano Andrés Manuel López Obrador e do brasileiro Jair Bolsonaro.
Além do encontro com Xi Jinping, o segundo deste ano, Fernández ter reuniões bilaterais com outros líderes, mas a agenda ainda não foi concluída.
Dirigentes europeus
Participarão da cúpula os líderes das três principais economias da União Europeia: o chanceler alemão, Olaf Scholz; o presidente francês, Emmanuel Macron; e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, que emergiu de um movimento pós-fascista.
O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, estará presente pelo “status” de seu país como convidado permanente do grupo.
As instituições comunitárias serão representadas pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
Rishi Sunak
O novo primeiro-ministro britânico irá a sua primeira cúpula do G20 para conhecer seus aliados ocidentais, em particular Biden, e para discutir acordos bilaterais, assim como a cooperação multilateral sobre o pacto de segurança AUKUS assinado com EUA e Austrália.
Narendra Modi
O primeiro-ministro da Índia, que sediará a cúpula no ano que vem, terá reuniões de alto nível com Biden, Macron e Sunak, o primeiro líder britânico de ascendência indiana.
Joko Widodo
O presidente da Indonésio e anfitrião da conferência se reunirá com quase todos os líderes presentes em Bali. Sua intenção era concentrar a cúpula na cooperação global e na recuperação econômica, mas a guerra na Ucrânia, na qual Jacarta se manteve neutra, ofuscou todo o resto.
Restante do mundo
Os membros do G7 Canadá, Austrália e Japão estarão representados por seus primeiros-ministros Justin Trudeau, Anthony Albanese e Fumio Kishida, respectivamente.
O presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, também irá a Bali.
Do Golfo Pérsico, estarão o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohamed bin Salmán, e o presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohamed bin Zayed al Nahyan.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, também deve comparecer, assim como o presidente da única nação africana do G20, o sul-africano Cyril Ramaphosa.
A delegação brasileira será liderada pelo ministro das Relações Exteriores, Carlos França, na ausência de Jair Bolsonaro, que em 1º de janeiro de 2023 entrega a Presidência a Luiz Inácio Lula da Silva.
O México também será representado por seu ministro das Relações Exteriores, Marcelo Ebrard, enquanto o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, estará presente como observador.