Na primeira semana depois do resultado do segundo turno das eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PL) reduziu seus compromissos e encontros com aliados no Planalto. O chefe do Executivo ainda não reconheceu publicamente a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os compromissos oficiais do presidente com ministros somaram 3h30min: na segunda-feira (31), no Planalto, com o chefe da Economia Paulo Guedes; e na terça (1º) e quinta-feira (2) no Palácio do Alvorada.
Além disso, o presidente teve ao longo da semana alguns compromissos espaçados fora da agenda oficial. Na 3ª feira, quebrou o silêncio de mais de 44 horas em uma fala a jornalistas no Alvorada, que durou 2 minutos e 7 segundos. Agradeceu pelos 58 milhões de votos que recebeu no 2º turno e defendeu manifestações pacíficas.
Em seguida, seguiu para o Supremo Tribunal Federal (STF) e se encontrou com ministros da Suprema Corte. Na reunião, segundo o ministro Edson Fachin, Bolsonaro disse que “acabou” e que é preciso “olhar para frente”.
Bolsonaro já havia conversado com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, no domingo (30). “O presidente Bolsonaro me atendeu com extrema educação, agradeceu a ligação e não foi mais nada”, disse Moraes.
Já na 5ª feira (3), se encontrou no Planalto com o vice-presidente eleito e coordenador-geral da transição, Geraldo Alckmin (PSB), e indicou que está disposto a colaborar com a troca de governo, disse Alckmin.
O chefe do Executivo também conversou durante a semana com o presidente do seu partido, Valdemar da Costa Neto. O PL deve anunciar distribuições de cargos na terça-feira (8), inclusive para Bolsonaro.
Usualmente ativo nas redes sociais, o presidente publicou apenas 1 vídeo nessa semana, na quarta-feira (2), e o mesmo conteúdo foi replicado em seu perfil no Instagram, Twitter e Facebook.
Na gravação, pede que seus apoiadores parem de obstruir as rodovias interditadas desde domingo contra a vitória de Lula.