Há muitos assuntos pendentes em áreas técnicas do governo Bolsonaro que os gestores não querem tocar adiante. Isso porque acham que as decisões, a partir de agora dependem, de Lula, o presidente eleito, e dos futuros ministros.
“Nem para conversar sobre as ideias que estávamos tratando eu me sinto mais em condições porque são decisões que não são mais minhas. Eu não posso mais me comprometer”, desabafou um dos ministros à coluna de Matheus Leitão, na Veja.
O ambiente dos setores mais moderados dentro deste governo de extrema-direita é admitido claramente, como me relatou esse importante integrante da administração.
“Eu estou chateado, achei que a gente ia ganhar e tinha boas propostas para o futuro”, afirmou o integrante do alto escalão. E é assim que eles estão vendo.
Claro que há a área mais radical do governo Bolsonaro, que tem sentimentos bem mais radicais. Estão com raiva mesmo. Ódio. E também com medo de retaliação, diz Leitão.
É normal que, após a eleição mais polarizada e violenta desde a redemocratização, os dois lados sintam determinados sentimentos. Anormal é o país normalizar isso. O Brasil precisa urgentemente recuperar os valores Republicanos.