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sexta-feira 4 de novembro de 2022 às 05:58h

Aliança do PP com o PT na Bahia pode depender de um realinhamento no cenário nacional

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O deputado federal e presidente em exercício do partido, Cláudio Cajado, revelou em entrevista ao site Bahia Notícias, que o apoio dos petistas à reeleição de Arthur Lira (PP) para a Câmara dos Deputados, facilitaria o entendimento entre as duas siglas no estado.

“Acho que a nacional poderá sim trazer uma definição no estado. Até porque, se não existe um apoiamento lá, se o PT quiser apoiar outro nome [para a Câmara], fica um cenário imprevisível. A gente sabe como começa, mas não vai saber como termina”, pontuou o parlamentar.

Apesar de ser um dos pilares de sustentação do governo de Jair Bolsonaro (PL), os progressistas já dão indícios de uma possível adesão ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assumirá a presidência em 2023. De acordo com o portal Metrópoles, o chefe do PP e ministro da Casa Civil de Bolsonaro, Ciro Nogueira tem afirmado que não quer aderir ao governo Lula. Contudo, nessas conversas, ele teria feito a ressalva de que não tem como vetar esse movimento caso seja a vontade da maioria do PP.

Cajado ressaltou que a volta da aliança entre PP e PT na Bahia, pode acontecer de outra forma, sem depender de acordos em Brasília. “Ainda não houve convite e nenhum tipo de manifestação. Se o novo governo chamar para conversar, nós vamos dialogar. O que não pode acontecer é precipitação”, afirmou.

Na Bahia, o PP apoiou a candidatura de ACM Neto (União Brasil) ao governo do estado e teve um lugar na chapa com Cacá Leão, que disputou o Senado. A corrida pelo Palácio de Ondina foi decidida no segundo turno e teve como vencedor Jerônimo Rodrigues (PT) com 52,79% dos votos válidos, contra 47,21% de Neto.

Os rumores sobre a volta da aliança com os petistas aumentaram após a vitória de Jerônimo no primeiro turno.

O rompimento do PP com os petistas na Bahia aconteceu em março desse ano após o vice-governador e deputado federal eleito, João Leão, que é o presidente estadual da legenda, não ser cumprido uma sinalização de que ficaria no governo por nove meses, com a possível renúncia de Rui Costa (PT) para ser candidato ao Senado. O senador Jaques Wagner (PT) acertou algo e alguns dias depois, em uma rádio, afirmou que Rui ficaria até o final do mandato.

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