Os líderes da Liga Árabe expressaram nesta última quarta-feira (2) na Argélia seu “apoio absoluto” aos palestinos, no momento em que se perfila o retorno de Benjamin Netanyahu ao poder em Israel, em aliança com a extrema direita religiosa.
A Liga expressou apoio aos palestinos apesar do fato de que vários dos 22 países que a compõem terem se somado nos últimos anos aos poucos que mantêm relações com Israel.
Em seu discurso em Argel, o presidente palestino, Mahmud Abbas, pediu um apoio maior dos países árabes frente a Israel, que acusou de “destruir sistematicamente a solução de dois Estados e desconsiderar os acordos assinados”.
A “declaração de Argel”, divulgada após a reunião de cúpula de dois dias, afirma “a centralidade da causa palestina” e “o apoio absoluto” ao direito dos palestinos de terem “um Estado independente e soberano”, com Jerusalém Oriental como capital, nos territórios ocupados por Israel desde 1967.
A declaração reitera a adesão dos países árabes ao “plano de paz árabe” de 2002, que condiciona qualquer normalização das relações com Israel a uma retirada daquele país dos territórios árabes ocupados.
A cúpula também expressou apoio aos esforços da Autoridade Palestina para se tornar um membro “de pleno direito da ONU” e levar Israel à Justiça internacional “por crimes de guerra e contra a humanidade cometidos contra o povo palestino”.
O comunicado dos líderes árabes também denuncia “as interferências estrangeiras nos assuntos árabes”, em uma aparente alusão ao Irã e à Turquia.