Conforme o Estadão, o candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que as denúncias de suposta fraude em inserções de rádio mostram incompetência da equipe do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ao dizer que o chefe do Executivo está “um pouco desesperado” com a possibilidade de perder as eleições, Lula afirmou que “não temos nada a ver com isso”.
“Eu não sei o estado psicológico do presidente, mas essas coisas da rádio são incompetência da equipe dele. Não temos nada a ver com isso. Ele está um pouco desesperado, percebeu que tem a possibilidade de perder a eleição”, disse o petista, em entrevista ao Correio Braziliense e à rádio Clube FM, de Brasília, nesta quinta-feira (27).
A campanha de Bolsonaro questionou eventuais irregularidades em inserções de propaganda em rádios do Nordeste e de outras regiões do País e acusou emissoras de privilegiarem o PT, dando mais espaço a Lula. Em meio às acusações, na quarta-feira, 26, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, rejeitou dar seguimento à ação da campanha do presidente.
“Nós ainda temos de disputar (o voto de) algumas pessoas que estão indecisas e pessoas que votaram nulo e branco no primeiro turno, mas é o direito que ele tem de chorar, espernear, de quem sabe que vai perder as eleições”, disse Lula. “Ele estuda pesquisa, encomenda pesquisa e ele sabe que vai perder”, emendou.
Ministério da Economia
Lula também descreveu que o perfil do ministro da Economia em seu governo, caso eleito, será de uma pessoa com inteligência política e compromisso social. Apesar de evitar detalhar sobre a composição dos ministérios, o ex-presidente destacou que o chefe da Economia terá que pensar na responsabilidade fiscal, mas também na social.
De acordo com o ex-presidente, será preciso retomar o diálogo com o Congresso e os presidentes das Casas. “Não é normal o Congresso querer administrar o orçamento.”
Dentre as propostas para retomar o crescimento do País, Lula afirmou que irá retomar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) e a realização de conferências nacionais para debater políticas públicas. Com a promessa de se reunir com os governadores logo após sua posse, caso eleito, o petista reafirmou que o governo terá um alinhamento, tanto nacional quanto internacional, citando retomar relações com a União Europeia.