As importações de soja da China em setembro subiram 12% em relação ao ano anterior, para 7,72 milhões de toneladas, mostraram dados alfandegários nesta segunda-feira, revertendo uma tendência de meses de baixas chegadas.
O maior comprador mundial de soja restringiu as compras nos meses anteriores por causa dos elevados preços globais e dos baixos lucros do esmagamento da oleaginosa para produção de ração animal.
No entanto, as importações de setembro foram superiores às 6,88 milhões de toneladas de um ano antes, mostraram dados da Administração Geral das Alfândegas, e também superiores às 7,17 milhões de toneladas importadas em agosto.
As chegadas foram ligeiramente maiores do que alguns traders esperavam, mas ocorreram em meio a uma necessidade cada vez mais urgente de reconstruir os estoques.
Com os lucros da suinocultura aumentando desde o verão, a demanda por farelo de soja subiu, fazendo os preços dispararem nas últimas semanas devido à oferta restrita.
Embora as chegadas de setembro sejam maiores do que o normal para esta época do ano, as importações totais nos primeiros nove meses do ano ainda caíram 6,6% em comparação com o ano passado, em 69,04 milhões de toneladas.
Os preços globais da soja subiram este ano depois que o mau tempo reduziu a produção e as exportações do Brasil, principal fornecedor da China, empurrando os preços de referência para perto da máxima de uma década em junho.
Os altos preços e a fraca demanda do setor pecuário no início do ano reduziram o apetite pela compra de soja.
O aumento nas chegadas de setembro veio principalmente dos Estados Unidos, que embarcou 1,15 milhão de toneladas para a China no mês passado, acima das 169.439 toneladas em setembro de 2021, mostraram dados alfandegários.
As importações do Brasil caíram para 5,58 milhões de toneladas contra 5,936 milhões de toneladas no ano passado.