O Partido Novo liberou seus filiados no segundo turno da eleição presidencial, mas entrou em ebulição no último sábado (15) conforme O Globo, quando João Amoêdo, fundador da sigla pela qual foi candidato à Presidência em 2018, declarou voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra a reeleição de Jair Bolsonaro (PL), opção de boa parte de seus correligionários. A decisão de Amoêdo aprofundou divisões e a crise da sigla, instaurada com seu encolhimento nas urnas este ano.
A bancada federal do Novo caiu para menos da metade. Elegeu apenas três deputados — bem menos que os oito de 2018 —, não atingiu a cláusula de barreira e ficou sem fundo eleitoral. Por uma regra de seu estatuto, os candidatos do partido já não usam recursos públicos em campanhas, mas ficará à margem da propaganda eleitoral gratuita e de debates na TV, que só são obrigados a convidar candidatos de legendas com pelo menos cinco deputados federais. O único sucesso foi a reeleição do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, no primeiro turno.