O Partido Comunista da China disse nesta quarta-feira (12) que “priorizou os interesses nacionais” e exibiu “espírito de luta” nos últimos cinco anos, no reconhecimento mais explícito até agora de que colocou fatores domésticos em primeiro lugar nas relações com outros países.
Observadores disseram que esta afirmação sobre a política externa, durante uma reunião do partido em uma revisão da diplomacia sob a liderança do presidente Xi Jinping, é um sinal claro de que a China continuará a ser assertiva diante da expectativa de que Xi renove mandato este mês.
O Comitê Central do partido fez o pronunciamento durante a sétima plenária, informou a agência de notícias estatal Xinhua nesta quarta-feira.
O congresso de quatro dias marca a última reunião antes de remodelação da liderança que começa no domingo.
O partido “priorizou os interesses nacionais e colocou política interna em primeiro lugar, manteve a paciência estratégica, mostrou espírito de luta, lutou para salvaguardar a dignidade nacional e interesses essenciais”, informou a Xinhua.
Segundo a Xinhua, o partido conta entre suas conquistas sua “gestão adequada” dos riscos e desafios trazidos pela guerra na Ucrânia, a “luta contínua contra separatismo e interferência estrangeira” e a implementação rigorosa de freios sobre a Covid.
A China denunciou o que vê como intromissão ocidental em Hong Kong, uma ex-colônia britânica que retornou ao domínio chinês em 1997, e enfatizou suas reivindicações territoriais sobre Taiwan.
O Comitê Central, composto por cerca de 360 líderes do partido, votaram por aprovar um relatório que Xi apresentará durante o Congresso sobre um projeto de emenda à constituição do partido. As mudanças serão reveladas no Congresso.