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As novas regras limitam a autonomia dos comandantes militares em relação aos assassinatos seletivos fora das zonas de guerra, diz o jornal The New York Times e Sputnik Brasil.
A publicação ouviu um alto funcionário do governo de Joe Biden, presidente dos EUA, falando sob condição de anonimato. Segundo ele, os EUA revisaram sua política sobre ataques de drones antiterroristas fora das zonas de guerra.
No memorando estratégico que já foi assinado pelo presidente, o objetivo é minimizar as baixas, embora a nova política não se aplique às operações de combate no Iraque e na Síria, que permanecem classificadas como zonas de guerra pelo governo.
As novas regras limitarão a ação dos EUA em pontos críticos como Iêmen e Paquistão, bem como no Afeganistão, onde Washington encerrou oficialmente seu envolvimento no ano passado, mas que continua devastado pelo conflito.
De acordo com a nova política, a aprovação do presidente será necessária para adicionar um suspeito de terrorismo à lista daqueles que podem ser alvos de morte. O governo de Donald Trump havia descentralizado o controle sobre essas decisões.
Os ataques nos quais uma pessoa pode ser morta remotamente apenas porque o operador do drone acha que seu comportamento se assemelha ao de um terrorista ficam tecnicamente proibidos.
Permanece, todavia, uma brecha que permite ataques de “autodefesa” em nome de forças parceiras.
A política revisada restabelece a exigência de “quase certeza” de que nenhum civil será ferido em um ataque. Além disso, os militares devem obter a aprovação do chefe da missão do Departamento de Estado no país onde planejam atacar.
A política supostamente declara que os EUA respeitarão a lei doméstica e internacional em relação a seus ataques de drones em outros países, embora não tente explicar como isso poderia ser feito sem o consentimento do governo de um país e a ausência de qualquer Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
O programa de drones dos EUA é notório por seus níveis de “danos colaterais”. Documentos confidenciais vazados em 2015 revelaram que até 90% dos mortos em ataques de drones não eram os alvos pretendidos.
Os assassinatos direcionados por drones começaram sob o governo George Bush, após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, e aumentaram sob Barack Obama e Donald Trump, apesar das promessas de cada um de acabar com as guerras dos governos anteriores.
O número de vítimas realizadas sob Biden não é conhecido publicamente, pois Trump encerrou a prática de divulgar publicamente esses números.
EUA lançam nova estratégia para o Ártico para competir com China e Rússia na região, diz Governo Biden
Os Estados Unidos estão lançando sua primeira nova estratégia nacional para o Ártico desde 2013, estabelecendo a abordagem do país para a região na próxima década, informaram aos jornalistas altos funcionários do governo estadunidense.
“Este será o primeiro documento da política governamental dos EUA sobre o Ártico desde 2013 […] é uma estratégia que se destina a cobrir o período dos próximos dez anos. Várias coisas mudaram no Ártico desde 2013, o que justifica uma atualização da estratégia. Particularmente, a crise climática no Ártico vem se agravando e, mesmo antes do início deste ano, as circunstâncias geopolíticas no Ártico começaram a mudar”, disse um funcionário.
A nova estratégia dos EUA para o Ártico visa posicionar os EUA na concorrência efetiva com a Rússia e a China na região e gerir essas tensões.
“A estratégia reconhece o aumento da concorrência estratégica […] no Ártico, tanto da Rússia como da RPC [República Popular da China] na última década, e assim aborda e procura posicionar os EUA para efetivamente competir e também gerenciar essas tensões”, disse funcionário durante uma teleconferência.
Em meados de setembro, Greg Pollock, o diretor principal norte-americano para o Ártico e a Resiliência Global no Departamento de Defesa, disse que os Estados Unidos monitoram de perto as atividades e intenções da Rússia e da China no Ártico.
No final de agosto, o governo Biden elevou o engajamento norte-americano no Ártico e anunciou o novo posto de embaixador-geral para região, conforme noticiado.
