Em 2022, após 28 anos, a Bahia voltará a decidir o seu futuro político em um segundo turno. Após seis eleições sem disputa em duas etapas, o governador do estado será definido em um confronto direto entre Jerônimo Rodrigues, do PT, e ACM Neto, do União Brasil.
Foi em 1994 conforme Eric Luis Carvalho, do g1, que Paulo Souto (do então PFL) e João Durval (do PMN) disputaram o segundo turno da eleição. Naquele ano, o primeiro turno terminou com Paulo Souto perto de decidir a eleição já no primeiro turno. Candidato pelo PFL, ele teve 1.617.127 de votos e alcançou 49,30% dos votos.
Em segundo lugar ficou o ex-governador João Durval, que teve 829.646 votos. O candidato do PMN teve 25,29%. Aquela eleição ainda teve Jutahy Magalhães Junior, do PSDB, com 14,13%, Nilo Coelho, do PMDB, com 8,27% e Álvaro Martins, do PRN, teve 3%.
Na ocasião, 27% dos votos foram em branco e 9% dos votos foram nulos. O índice de abstenção e votos não totalizados na eleição daquele ano na Bahia foi de quase 27%. No segundo turno, Paulo Souto venceu com 58,6%. Ele teve 2.235.659. Enquanto João Durval teve 41,36%, com 1.577.043 de votos.
Além de ter sido a última eleição estadual com disputa de segundo turno até 2022, a eleição de 1994 foi a última antes da implantação da urna eletrônica. Ou seja, a eleição foi realizada no voto de papel.
De lá para cá, quatro governadores foram eleitos em seis eleições decididas em primeiro turno: César Borges, do PFL, em 1998, novamente Paulo Souto, do PFL, em 2002; Jaques Wagner, do PT, em 2006 e 2010; e Rui Costa, também do PT, em 2014 e 2018.
Mais do que seis eleições para chefe do executivo, esses 28 anos separam mudanças significativas na história da Bahia.