A aliança entre Jair Bolsonaro (PL) e o candidato ao governo da Bahia ACM Neto (União Brasil) é questão de sobrevivência para os dois no segundo turno. Apesar da relação nada amigável, Bolsonaro precisa avançar sobre os 3,3 milhões de votos que Neto conquistou no primeiro turno, no estado. Ao mesmo tempo, ACM Neto ficou 702 mil votos atrás do candidato do PT, Jerônimo, e precisa de todos os 738 mil votos que o candidato bolsonarista na Bahia, João Roma (PL), obteve no primeiro turno.
Bolsonaro teve pouco mais de 2 milhões de votos na Bahia, no primeiro turno, 1,3 milhão a menos que ACM Neto.
No cenário nacional, Bolsonaro teve cerca de seis milhões de votos a menos que Lula. Quase 4 milhões deles apenas na Bahia, por isso o estado se torna mais uma vez, o fiel da balança para eleição presidencial.
Apoio de Neto
ACM Neto deve ficar neutro, por isso não apoiar nem Lula (PT) nem Bolsonaro (PL) é sua decisão final e ela é questão matemática. Mas seu partido, o União Brasil, liberou seus filiados a apoiarem quem desejar. O aliados de ACM Neto estão quase que cem porcento deles, declarando apoio para Bolsonaro. Neste último sábado (8), o vice-governador e deputado federal eleito João Leão (PP), declarou que apoia Bolsonaro e irá votar nele neste segundo turno. Conforme apurou o #Acesse Política, Leão recebeu o pedido diretamente do presidente Bolsonaro, para que o vice coordene sua campanha no oeste e região do São Francisco na Bahia. Ambos são amigos há quase 30 anos. Eles eram do mesmo partido nos anos 90, e Leão era líder de Bolsonaro na Câmara dos Deputados.
Adesivos na Bahia vinculam ACM Neto tanto com Lula quanto com Bolsonaro