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Petismo e antipetismo: desde 2002, PT teve salto eleitoral em municípios mais pobres, e viu resistências em localidades marcadas por agro e empresariado. Nas fotos, manifestações a favor e contra Lula em 2018 Fotos de Nelson Almeida/AFP e Fabio Vieira/FotoRua
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quarta-feira 5 de outubro de 2022 às 08:47h

Com apoio de governadores, Bolsonaro vai reforçar antipetismo no 2º turno

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A 24 dias do segundo turno, Jair Bolsonaro (PL) conseguiu reavivar a resistência ao antipetismo na Região Sudeste e obteve o apoio das máquinas estaduais dos três principais colégios eleitorais do país — São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Os governadores Romeu Zema (Novo-MG), Cláudio Castro (PL-RJ) e Rodrigo Garcia (PSDB-SP) anunciaram formalmente a adesão à campanha pela reeleição do presidente.

Apesar de ter ficado estrategicamente distante de Bolsonaro no primeiro turno — para não espantar no eleitor que votaria também no petista Luiz Inácio Lula da Silva —, Zema foi o primeiro dos três governadores a manifestar apoio. Após uma reunião no Palácio da Alvorada, o governador reeleito de Minas destacou que esse é um “momento para colocar as divergências de lado”. Afirmou que acredita “muito mais na proposta do presidente Bolsonaro do que na proposta do adversário”, aproveitando para criticar o governo petista que o antecedeu — disse ter “herdado uma tragédia” do ex-governador Fernando Pimentel.

“Não poderia também deixar neste momento de estarmos aqui, colocando as nossas divergências de lado. Sabemos que em muitas coisas convergirmos e em outras, não. Mas é o momento em que o Brasil precisa caminhar para frente, e eu acredito muito mais na proposta do presidente do que na do adversário (Lula)”, disse Zema. Em Minas, Bolsonaro recebeu 5,2 milhões de votos, no primeiro turno, contra 5,8 milhões do petista.

Bolsonaro classificou o apoio como “decisivo”. “Mais do que bem-vindo, é essencial. Ele é decisivo para a nossa reeleição”, enfatizou.

Na sequência da romaria de apoiadores ao Planalto, foi a vez de o governador reeleito do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), reforçar que está fechado com Bolsonaro. E assegurou que “se esforçará muito para o Rio ser a capital da vitória da eleição do presidente”.

“Não preciso lhe franquear meu apoio, porque esse você tem desde sempre. Mas dizer que o Rio vai se superar. Já tivemos mais de 800 mil votos e, agora, vamos sacramentar a sua vitória”, destacou.

Castro disse, ainda, ter sido reeleito com a ajuda de Bolsonaro. “Gratidão não prescreve e rumo à vitória do presidente Bolsonaro. Vamos tentar fazer do Rio de Janeiro a maior diferença do Brasil”, acrescentou.

O presidente avalia que Castro “tirará mais de 1 milhão de votos” no Rio. “Ele tinha a campanha dele, agora vai ser integralmente para nosso lado. Fechei com o Zema e acredito que a gente tira mais de 3 milhões de votos (em Minas)”, calculou.

A manhã agitada no Planalto foi completada pela presença do ex-secretário de Pesca e senador eleito por Santa Catarina, Jorge Seif (PL), e pelo vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) — eleito senador do Rio Grande do Sul.

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