Faltando três dias para as eleições, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) tem 41% dos votos válidos para governador de São Paulo, segundo nova pesquisa do Datafolha, divulgada nesta quinta-feira. O ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) é escolhido por 31% no resultado do primeiro turno que exclui os votos em branco e nulos. O governador Rodrigo Garcia, candidato à reeleição pelo PSDB, marca 22%.
Considerando os votos totais, Haddad tem 35%; Tarcísio, 26%; e Garcia, 18%. O percentual de eleitores que apoiam o ex-ministro da Educação dos governos Lula e Dilma (PT) variou um ponto para cima em relação aos 34% que Haddad marcava há uma semana. Apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), Tarcísio oscilou positivamente em três pontos percentuais frente aos 23% registrados sete dias atrás. Já Garcia, que no levantamento anterior alcançava 19%, recuou em um ponto.
Também pontuaram na pesquisa os candidatos Gabriel Colombo (PCB), Antonio Jorge (DC), Vinicius Poit (Novo), Carol Vigliar (UP), Edson Dorta (PCO) e Elvis Cezar (PDT), cada um com 1%. Brancos e nulos somaram 8% das respostas. Outros 8% não souberam ou não quiseram responder.
Segundo turno
Na simulação de segundo turno entre Haddad e Tarcísio, o Datafolha registrou placar de 48% a 40% favorável ao ex-prefeito. O candidato do PT superava o do Republicanos por 49% a 38% há uma semana.
Em uma disputa direta entre Haddad e Garcia, o candidato do PT seria eleito caso a votação fosse hoje com 45% dos votos, contra 40% do adversário. A pesquisa anterior indicava vitória do petista sobre o tucano por 46% a 41%.
Esta é a primeira pesquisa feita pelo Datafolha depois do debate entre os candidatos realizado na terça-feira pela TV Globo, o último antes do primeiro turno. Na ocasião, Haddad evitou confronto direto com Rodrigo Garcia e criticou a gestão do candidato à reeleição e de João Doria (PSDB), de quem Garcia era vice. Tarcísio e o atual governador discordaram a respeito do andamento de obras do governo federal e do estado de São Paulo.
O desempenho de Tarcísio como ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro também foi destacado pelo candidato do Republicanos em seu último programa no horário eleitoral gratuito, exibido na quarta-feira. Haddad exibiu testemunhos de Lula e do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), hoje vice na chapa do ex-presidente. Garcia usou seu último espaço no rádio e na TV para repetir o principal mote de sua campanha, de que a polarização entre direita e esquerda não deve ser trazida para a política paulista.
Contratado pela “Folha de S.Paulo” e TV Globo, o Datafolha entrevistou 2.000 eleitores do estado de São Paulo entre os dias 27 e 29 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos. O número de registro na Justiça Eleitoral é o SP-07547/2022.
O instituto de pesquisas também mensurou a rejeição aos candidatos. Haddad tem a maior taxa: são 37% dos paulistas os que dizem não votar de jeito nenhum no candidato do PT, percentual que era de 39% há uma semana. A taxa de rejeição a Tarcísio passou de 27% para 29% no período. Garcia, que na semana passada era rechaçado por 18%, agora tem a negativa de voto de 20% dos eleitores de São Paulo.
A atual gestão do tucano no Palácio dos Bandeirantes é considerada boa ou ótima por 30% dos paulistas aptos a votar (eram 27% há sete dias). São 40% os que veem o governo estadual como regular. O percentual dos que classificam a administração de Garcia como ruim ou péssima passou de 15% para 18%.
Eleição para o Senado: França tem 47%. Pontes, 30%
Na disputa por uma vaga no Senado por São Paulo, o ex-governador Márcio França (PSB) lidera com 47% dos votos válidos. Apoiado por Lula, o candidato do PSB é seguido pelo ex-ministro Marcos Pontes (PL), que marca 30% e tem a candidatura endossada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
A deputada Janaina Paschoal (PRTB) aparece na sequência da disputa, com 5% das menções. Ela empata com Aldo Rebelo (PDT) e com o ex-secretário Edson Aparecido (MDB), apoiado pelo governador Rodrigo Garcia (PSDB), ambos com 4%.
Foram 3% dos eleitores os que disseram escolher Vivian Mendes (Unidade Popular), mesmo percentual dos que indicaram voto em Antônio Carlos (PCO). Ricardo Mellão (Novo) alcançou 2% das menções. Também pontuaram as candidaturas de Prof. Tito Bellini (PCB) e Dr. Azkoul (Democracia Cristã), com 1% cada.