Fatos sobre João Leão que talvez os amigos e eleitores não saibam

João Leão e Lauro de Freitas… uma história de amor

O Bonitão foi corretor de imóveis e lançou o primeiro loteamento de Lauro de Freitas: Leão conta que a primeira vez que esteve na cidade, foi com umas amigas conhecer a praia de Ipitanga, onde se chegava apenas a pé. Do alto de uma duna, ficou deslumbrado com a extensa área que se descortinava entre coqueiros e praias.

A proprietária se chamava Elza dos Santos Paranhos. Com recursos que havia ganho com corretagem de imóveis, fez uma oferta e ela aceitou: 5 milhões de cruzeiros. Leão conta que na coragem, lançou o primeiro loteamento da cidade, dando início ao projeto que totalizou 17 loteamentos implantados em Lauro de Freitas na década de 1970: os loteamentos Praia de Ipitanga, 1,2,3…a 17.

Na eleição de 1988, quando disputou o cargo de Prefeito de Lauro de Freitas, foi o mais votado na história da cidade e o mais votado do Brasil em proporcionalidade, com mais de 95% dos votos. Foi eleito em sua segunda disputa eleitoral com 14.986 votos contra 1.023 do outro candidato. Deixou a prefeitura em 1992 com 87% de aprovação.

Não queria ser candidato: Queria continuar empresário, mas um vereador fez um discurso “esculhambando” João Leão na Câmara. Leão então foi lá saber porque o edil estava falando mal dele. O tal vereador o havia confundido com outra pessoa também chamada Leão. “Ele reconheceu o erro e me pediu desculpas em público. Depois do episódio, fui incentivado a me lançar candidato. Aceitei, mas perdi a eleição. Em 1988, fui novamente candidato e sai com a maior vitória de prefeitos do Brasil, na época”, conta.

Teve 11 fábricas e 8.500 funcionários: Leão levou a Odebrecht para atuar em Lauro de Freitas, fato que valorizou bastante seus empreendimentos, fazendo com que as vendas aumentassem cinco vezes mais. Ele conta que com o dinheiro ganho, fundou a Terraplac, uma empresa de materiais de construção e fábrica de pré-moldados. Com o trabalho, Leão chegou a ter 11 fábricas espalhadas pelo Brasil e criou uma construtora com 8.500 funcionários.

Intermediou um casamento: É, o Bonitão já foi cupido…

Na entrada da cidade, logo após a ponte, havia uma invasão. Leão então resolveu construir 175 casas. Na entrega das chaves haviam 176 moradores na invasão. Como solução, João Leão intermediou o casamento entre dois moradores, finalizando a pendência.

Grandes Marcos da administração de João Leão: implantação da Escola de Cadetes Mirins; dragagem do Rio Ipitanga e pavimentação das avenidas do entorno; implantação de diversos loteamentos; transformação da Itinga, com a pavimentação de ruas, construção de escolas; aberturas de ruas no Parque São Paulo; asfaltamento das ruas Queira Deus e Capelão, no bairro de Portão; asfaltamento da via que dá acesso de Caji a Areia Branca; asfaltamento de ruas do centro da cidade; aquisição de carros coletores de lixos; aquisição de dois ônibus de passageiros para transporte municipal; construção da Biblioteca Municipal na Escola e Cadetes Mirins; construção da av. Parque São Paulo ao bairro Areia Branca; construção da Escola Municipal Enock Amaral, na Vila Praiana; construção da Escola Municipal Eurides Santana na Itinga, implantação das primeiras universidades e do polo de brinquedos, entre outras realizações.

A história se repete na cidade de Barra…

“O município de Barra está tendo uma transformação igual a de Lauro de Freitas, com importantes ações: ponte Luís Felipe Leão, sobre o Rio São Francisco; Centro Estadual de Educação Águas; construção da Escola Estadual de tempo integral; cascalhamento da estrada que liga Barra ao município de Pilão Arcado; desenvolvimento econômico para o município com a vinda de diversos empreendimentos agrícola; diversas melhorias na região dos Brejos da Barra, como construção de estrada, casas e implantação de energia elétrica. É muito trabalho”, afirma Leão.

Leão chegou à Bahia muito pequeno em duas Land Rover compradas pelo pai, no início da década de 1950. Foi então que a família de Leão se estabeleceu no então município da Barra do Rio Grande, no Oeste do Estado. Ainda pequeno, foi morar no Muquém do São Francisco, e viveu sua infância no Riacho da Serra Branca.

Trechos retirados da Revista Vilas Magazine, edição de setembro de 2022.