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Lula, candidato do PT ao Planalto, após votar na eleição de 2002, na qual seria eleito - Eduardo Knapp - 6.out.2002/Folhapress
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segunda-feira 19 de setembro de 2022 às 10:48h

Na reta final, Lula fará campanha para reduzir abstenção, diz colunista

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Em busca de uma vitória ainda no primeiro turno, o comitê de Lula definiu segundo a coluna de Valdo Cruz, do portal g1, duas estratégias principais nesta reta final da primeira etapa da eleição. Uma será fazer uma campanha para estimular o comparecimento às urnas no dia 2 de outubro, a fim de evitar uma abstenção elevada principalmente nos grupos de eleitores que hoje optam mais por Lula, como a população de baixa renda. Neste segmento do eleitorado, a abstenção costuma ser maior.

A segunda estratégia é atrair o voto de indecisos com o discurso de que o segundo turno será mesmo entre Lula e Jair Bolsonaro. Por isso, o melhor caminho seria antecipar essa disputa para agora e encerrar a eleição no primeiro turno, contribuindo para acalmar os ânimos no país.

Para garantir esse desfecho já na primeira etapa, o comitê de Lula conta com a forte mobilização petista em todas as eleições, que sempre garante um aumento de votos para seus candidatos na reta final. O deputado José Guimarães (PT-CE), um dos coordenadores da campanha, acredita que essa mobilização pode garantir até quatro pontos nas pesquisas.

Um terceiro foco da campanha será concentrar os atos, nestas últimas duas semanas no Sudeste, principalmente em São Paulo. A equipe de Lula avalia que a “movimentação de votos” em São Paulo irá definir se haverá ou não segundo turno na eleição presidencial.

Os assessores de Lula avaliam que se o candidato ao governo paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos) parar de subir e o atual governador Rodrigo Garcia (PSDB) seguir crescendo, Bolsonaro terá atingido seu teto no Estado, beneficiando o ex-presidente no final do primeiro turno.

Segundo o último Datafolha, Lula ficou com os mesmos 45% do levantamento anterior, enquanto Bolsonaro oscilou negativamente de 34% para 33%. Em São Paulo, Lula cresceu e o presidente da República recuou. Enquanto o petista passou de 40% para 43%, Bolsonaro recuou de 35% para 33%. Na disputa estadual, Fernando Haddad (PT) oscilou de 35% para 36%, Tarcísio de Freitas (Republicanos) de 21% para 22%, enquanto Rodrigo Garcia (PSDB) foi de 15% para 19%.

“A movimentação eleitoral de São Paulo irá definir se haverá ou não segundo turno”, disse ao blog um dos coordenadores da campanha de Lula. Segundo ele, o Datafolha pode ter mostrado que o bolsonarismo estaria cedendo espaço e “construindo seu teto” caso as próximas pesquisas confirmem que Tarcísio de Freitas, apoiado por Bolsonaro, parou de crescer.

Em sua avaliação, se esse cenário se confirmar, ele pode abrir espaço não só para o avanço do tucano Rodrigo Garcia, mas também para o crescimento da candidatura Lula em São Paulo, o que poderá caracterizar as condições para uma vitória de Lula ainda no primeiro turno.

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