A estratégia adotada por Jair Bolsonaro (PL) no 7 de setembro parece ter dado resultado.
Prova disso é a pesquisa FSB divulgada nesta última segunda-feira (12) mostrando que a distância entre o atual presidente e Lula (PT) chegou a seis pontos percentuais, a menor desde o início da série FSB, em março.
Agora, Bolsonaro tem 35% dos votos contra 41% do ex-presidente petista.
Outra boa notícia para Bolsonaro é que os candidatos Ciro Gomes e Simone Tebet cresceram um ponto percentual cada um, atrapalhando as chances de uma vitória de Lula no primeiro turno – se não houver o chamado voto útil às vésperas das eleições.
Além disso, a avaliação negativa do governo voltou a cair depois de um período de estabilidade. No levantamento desta segunda, 44% avaliam a gestão atual como ruim ou péssima. No início de setembro, eram 46%. Há seis meses, no mês de março, a avaliação negativa era de 53%.
Ao mesmo tempo, subiu de forma discreta a avaliação positiva do governo: era de 33% no início de setembro e agora está em 34%. Em março, a avaliação positiva era de 29%.
A percepção em relação à economia brasileira também melhorou no comparativo entre o início de setembro e agora. Caiu de 51% para 49% o número de eleitores que diz que está em crise e com dificuldade de superar. Subiu de 10% para 11% o número de pessoas que afirma estar vivendo um bom momento econômico.
O levantamento do FSB ouviu 2.000 pessoas por telefone. Desse total, 88% não recebem Auxílio Brasil nem moram com alguém com recebe. Entre os que recebem o benefício, a intenção de votos de Lula aumentou de 58% para 63%, enquanto Bolsonaro oscilou negativamente de 23% para 20%.
Entre os que não recebem o auxílio, mas moram com alguém que recebe, nova boa notícia para o presidente: a intenção de votos subiu de 23% para 32% entre o início de setembro e agora. Nesse grupo, Lula subiu de 48% para 51% dos votos.
Entre os que não recebem auxílio, os dois principais candidatos se mantiveram estáveis: Lula com 39% dos votos e Bolsonaro com 36%.
Lula mantém a liderança no primeiro turno e continua com boa vantagem num eventual segundo turno, mas Bolsonaro tem quatro motivos pra comemorar. A poucos dias da eleição, o atual presidente vai intensificar os esforços para se aproximar ainda mais de seu principal adversário político no momento.