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segunda-feira 12 de setembro de 2022 às 16:00h

Procuradoria da Mulher da Câmara de Salvador promove Roda de Conversa

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A Procuradoria da Mulher da Câmara Municipal de Salvador (CMS), ocupada pelo mandato coletivo Pretas Por Salvador (PSOL), realizou em agosto mais uma roda de conversa para dialogar sobre o enfrentamento da violência contra mulher. O evento aconteceu na Escola Aberta do Calabar.

De acordo com o mandato, a roda de conversa reafirma o enfrentamento à violência contra mulher, especialmente no Agosto Lilás, campanha que faz referência ao aniversário da Lei Maria da Penha, instituída pela Lei nº 11.340 (de 07 de agosto de 2006) que completou 16 anos.

Dialogando sobre as lutas das mulheres, canais de denúncias, bem como ressaltando as organizações que assistem essas mulheres, o evento se consolidou como um momento de debate, mas também de escuta aos mais diversos relatos das palestrantes e alunas presentes que já foram agredidas ou souberam de alguma amiga e familiar que foi vítima.

Atuando em defesa da vida das mulheres, a vereadora Laina Crisóstomo e fundadora da ONG Tamo Juntas, esteve presente na roda, fazendo diversas reflexões a respeito do cenário atual de violência contra mulher. “Estamos fazendo luta a partir do que a gente acredita, que é justamente o combate às desigualdades, à violação de direitos humanos.

Fazer o enfrentamento à violência contra a mulher não é algo que se limita a esse em enfrentamento em si, porque as mulheres não lutam por si só, mas lutam contra o extermínio da juventude negra, o racismo religioso, a LGBTFobia e a todas as formas de opressão”, disse Laina.

A vereadora também destacou a importância da representatividade feminina. “Eu gosto de dizer que se a gente chegar nos espaços e tirar as mulheres sobram quantos? Nós somos maioria em vários espaços e a grande questão é se somos maioria acessando direitos ou ocupando os espaços de poder”, refletiu Liana.

A co-presidente da Tamo Juntas e assessora parlamentar das Pretas, Letícia Ferreira, reforçou a importância de pensar estrategicamente no fortalecimento dessas mulheres, a partir do fortalecimento, acolhimento e debate diários dessas pautas, de modo que o Estado também atue nesse fortalecimento apoiando e desenvolvendo políticas públicas para essas mulheres.

“Precisamos entender a violência não só como um processo de violência física, mas se uma mulher sente medo, sente vergonha, ou se sente obrigada a uma relação com o homem, seja ele pai, irmão, namorado, já é um processo de violência. E a gente precisa fortalecer essa mulher para que ela consiga romper esse ciclo e não cheguemos na notícia mais triste, queremos fazer isso pelas vidas das mulheres, para que elas permaneçam vivas precisamos atuar no mínimo sinal de violência”, disse Letícia.

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