O ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou que tem muita sintonia com o ministro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e o gabinete presidencial.
A declaração foi feita no primeiro dia de aparições públicas do ministro após os desencontros da última sexta-feira (4), quando coube a Onyx informar a imprensa de que não haveria aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
“Todo mundo acha que tem uma discussão entre nós, uma briga. Nós somos uma equipe muito, muito sintonizada”, disse Guedes.
O discurso era sobre o Banco do Brasil e, em dado momento, Guedes citou a frase que ganhou destaque na campanha de Bolsonaro, de que o presidente trabalha para as próximas gerações e não para as próximas eleições.
Guedes disse que a frase era do vice, Hamilton Mourão, e que passou por Onyx. Neste momento, Guedes soltou o elogio à convivência com o colega de governo.
O ministro participou da cerimônia de posse do amigo Rubem Novaes no Banco do Brasil.
Guedes afirmou que Novaes é mais um integrante do novo grupo político que chega ao poder e criticou a gestão do PT
“O Estado brasileiro foi ocupado e cada grupo de interesse pegou um pedaço, uma teta, sempre perguntando o que podia tirar. Nosso grupo tem outra mentalidade, pensa no que podemos dar para o país”.
Guedes retornou ao governo militar para demonstrar como, ao longo da história, o BB foi alvo de interferências políticas. Lembrou o programa “Plante que o João garante”, de concessões de crédito rural no governo João Figueiredo. Ele afirmou que a política ampliou a crise brasileira, com o aumento do endividamento público e da inflação.
“Quando as instituições públicas são capturadas por desígnios políticos, sejam por um governo militar, seja por governos civis, elas perdem o rumo”, afirmou.