domingo 24 de novembro de 2024
Foto: Reprodução/Redes sociais Na noite desta terça-feira (2), o presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou a adoção do uso da linguagem neutra na Argentina em uma série de ‘tuítes’. O Ministério de Obras Públicas da Argentina oficializou o uso da linguagem neutra nos documentos oficiais da pasta. A decisão consta em edição do Diário Oficial do país, publicada na semana passada pelo governo peronista. Eis a declaração de Bolsonaro no Twitter: Lamento a oficialização do uso da “linguagem neutra” pela Argentina. No que isso ajuda o seu povo? A única mudança provocada é que agora há “desabastecimente”, “pobreze” e “desempregue”. Que Deus proteja os nossos irmãos argentinos e os ajude a sair dessa difícil situação. No Brasil, a esquerda também parece obcecada em destruir nossos símbolos nacionais. Na verdade, essa é apenas mais uma forma de dividir o país, desrespeitando a sua cultura e suas tradições. Respeito se conquista com caráter, com trabalho, com valores, não com essas baboseiras. Boa sorte a quem acredita que essas são as pautas mais importantes para um povo. Meu compromisso é o de seguir reduzindo a violência, criando um ambiente propício à geração de empregos, acelerando o crescimento da nossa economia e defendendo os valores sagrados da nossa pátria. Linguagem neutra A linguagem neutra visa incluir quem não se identifica com nenhum dos dois gêneros previstos na legislação brasileira – ou se reconhecem em ambos. São termos como elx, todes, meninx, menines que têm sido usados principalmente como luta identitárias de grupos LGBTQ+. Nesses casos, as letras que marcam o gênero, como “o” e “a”, são substituídas por terminações como “e”, “@”, “x” e “u”. Tags: #BolsonaroArgentinalinguagem neutra Postagem anterior Colunista da Folha, Barbara Gancia é condenada a pagar R$ 10 mil por chamar assessor de Bolsonaro de ‘supremacista’
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sexta-feira 2 de setembro de 2022 às 06:29h

Datafolha mostra Bolsonaro estável, e isso é boa notícia para ele; leia análise

NOTÍCIAS, POLÍTICA


A pesquisa Datafolha divulgada nesta última quinta-feira (1º) mostra Jair Bolsonaro (PL) estacionado nos mesmos 32% de 15 dias atrás. Segundo o Estadão, isso é uma boa notícia para o candidato. Nem tanto pela oscilação negativa do maior rival, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que se mexeu dentro da margem de erro de 47% para 45%. Mas pelas informações extraídas de segmentos relevantes do eleitorado e de públicos até agora cativos da esquerda.

Bolsonaro começou a campanha com o pé esquerdo. Foi mal na entrevista ao JN e pior ainda no Debate da Band, no último domingo, quando atacou a jornalista Vera Magalhães e acabou sob uma chuva de críticas dos adversários. Ainda assim, repito, ele apareceu estável na pesquisa.

Mas são os números sobre o desempenho dele na Região Sudeste e entre os mais pobres (até 2 salários mínimos) o que mais chama atenção. Em um mês (ante o Datafolha feito em 27/28 de julho), ele ganhou cinco pontos entre os eleitores de renda mais baixa – passando de 20% para 25%. E no Sudeste subiu de 28% para 35%.

Os dados sugerem que, mais do que o Auxílio Brasil, os eleitores parecem estar respondendo à melhora da economia e à baixa da inflação. Não que esteja tudo bem – a inflação roda perto de 9% ao ano (segundo a prévia de agosto) e o crescimento do PIB do segundo trimestre não é visto como sustentável. Mas há um clima de despiora no ar.

A estabilidade do presidente, portanto, está sendo comemorada pelos aliados dele, que dizem que a economia “finalmente” passou a responder ao caminhão de estímulos injetados pelo governo – mesmo que ainda não saibamos como isso vai terminar em 2023.

Se será suficiente para virar o jogo a tempo da eleição, não se sabe. Mas é um sinal de que o PT terá que fazer mais do que prometer a volta dos anos dourados do governo Lula. Os problemas não são os mesmos de 2002 e o rival também é diferente.

Lula, por seu turno, entrou na campanha sem se explicar muito, com a leitura de que todos os votos dos que querem evitar um segundo mandato de Bolsonaro vão escorrer para ele.

O crescimento tardio da terceira via, com Simone Tebet (MDB) subindo de 2% para 5% e Ciro Gomes (PDT) resistente com 9%, mostra que as pessoas querem saber mais do que pretendem fazer os políticos. E se os planos do PT existem, como sugere o programa de governo com 400 páginas, terá tempo de mostrá-lo até o segundo turno. O sonho da vitória na primeira rodada parece ter ficado para trás junto com agosto, o primeiro mês de campanha eleitoral.

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