O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu nesta terça-feira (30) o porte de armas por civis no dia das eleições. O primeiro turno acontece no dia 2 de outubro e, em caso de segundo turno, a data prevista é dia 30 do mesmo mês. O objetivo é evitar a violência e coação durante o pleito.
O Código Eleitoral proíbe a presença de forças armadas no perímetro de 100 metros da seção eleitoral. Agora, o porte será proibido no período de preparação e conclusão das eleições, abrangendo as 48 horas da votação e as 24 horas seguintes, salvo as forças de segurança quando estiverem em serviço.
A sugestão foi proposta pelo relator do caso, ministro Ricardo Lewandowski. “Se tal [porte] não é permitido sequer aos agentes de segurança pública em serviço, não faria o menor sentido admitir a presença ou permanência de civis armados nos locais de votação ou nas proximidades deles”, afirmou.
Lewandowski destacou que a proibição é uma “medida ordinária nos países democráticos” e, caso contrário, entendeu que colocaria em risco a segurança física durante o pleito.
Em seu voto, o relator abordou ainda o histórico da polarização política no país e chamou a atenção para a violência, além da “crescente intolerância e agressividade” contra candidatos. O ministro lamentou a falta de previsão em lei para responsabilizar os partidos por ataques praticados por seus filiados e simpatizantes.