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Edir Macedo, fundador da Igreja Universal, e o ex-presidente Lula Fotos de arquivo
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terça-feira 30 de agosto de 2022 às 07:15h

‘Finge que não aprendeu o que é facção criminosa’, diz Jornal da Igreja Universal em ataque a Lula

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Um texto publicado este domingo no site da Igreja Universal faz duras críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vem liderando as pesquisas na disputa pela chefia do Executivo. O editorial, que também foi veiculado no jornal semanal da entidade, distribuído gratuitamente a fiéis, faz menção a uma entrevista concedida pelo petista há pouco mais de dez dias. Na ocasião, em declaração à Rádio Super, de Minas Gerais conforme o jornal O Globo, Lula respondeu, ao ser questionado sobre a baixa intenção de voto entre evangélicos, que não é “candidato de uma facção religiosa”.

“O ódio do candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva contra os cristãos é notório. O ex-presidiário não consegue conter a mágoa que sente das igrejas cristãs, por não conseguir o apoio delas para o seu projeto de retorno ao poder”, inicia o texto da igreja fundada e liderada por Edir Macedo, que em seguida lembra a fala recente do petista. “No mais recente discurso para seus minguados adoradores em São Paulo, ele defendeu o Estado laico, ou seja, com a igreja fora das decisões políticas do Estado”,acrescenta a Universal.

“Ele tenta disfarçar o preconceito que nutre contra os evangélicos e cristãos católicos e fala que se ganhar as eleições vai tratar todos os credos religiosos de forma igualitária. Lula e todos os seus seguidores sempre desprezaram os evangélicos”, pontua o texto, que frisa que os evangélicos são “o fiel da balança nas eleições”. Ainda assim, argumenta o editorial, “os cristãos foram deixados de lado das políticas de Estado, mesmo totalizando cerca de 55 milhões de eleitores”.

O artigo passa, então, a subir ainda mais o tom sobre o ex-presidente. “Lula passou uma temporada na cadeia, porém finge que não aprendeu o que é facção criminosa, mas vamos refrescar a memória do ex-presidiário e de quem já não lembra mais de um emblemático caso de atuação de uma facção criminosa”. Na sequência, são lembrados detalhes do escândalo do mensalão, ainda no primeiro mandato de Lula, e da Operação Lava-Jato, que resultou na prisão do petista, em condenações posteriormente anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

“Agora vamos fazer um comparativo com a instituição que Lula chamou de facção: as igrejas. O trabalho espiritual das Igrejas é incontestável. A Palavra de Deus que é pregada no Altar atinge a alma das pessoas e conforta e liberta o aflito e amargurado de espírito. O Evangelho de Jesus Cristo revela ao homem a força e o poder que ele tem de mudar graças à fé de qualquer situação e resolver qualquer problema”, discorre o texto.

“Além disso, as igrejas cumprem um relevante trabalho social. Somente os programas sociais da Igreja Universal distribuíram gratuitamente 53 mil toneladas de alimentos desde o início da pandemia para socorrer as populações mais afetadas pela crise sanitária”, acrescentam os autores do artigo, que perguntam: “A quem o trabalho da Igreja prejudica? Quem é a verdadeira facção?”. “O povo brasileiro vai saber retribuir nas urnas essa afronta que o ex-presidiário está fazendo a quem só faz bem à sociedade”, conclui o editorial, que traz ao fim a mensagem “com suporte de Denis Farias, advogado, professor e consultor jurídico”.

A pesquisa Ipec divulgada nesta segunda-feira mostrou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) ampliou a distância para Lula entre os evangélicos. Em 15 de agosto, 18 pontos percentuais separavam os dois candidatos. Agora, são 22.

Lula foi de 29% para 26% das intenções de voto, o que mostra uma possível tendência de queda do ex-presidente no segmento. Bolsonaro, por sua vez, oscilou dentro da margem de erro: passou de 47% para 48% da preferência do eleitorado evangélico.

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