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segunda-feira 29 de agosto de 2022 às 17:49h

Lula se reúne com deputados europeus e defende parceria para ‘cuidar’ da Amazônia

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O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, reuniu-se nesta segunda-feira (29) com deputados do Parlamento Europeu em São Paulo e defendeu uma parceria entre o Brasil e a União Europeia para “cuidar” da Amazônia.

Durante discurso, em um hotel na capital paulista, Lula afirmou que o Brasil “não abre mão” da soberania da Amazônia, mas que precisa de “ajuda” para investimentos na região, em especial na área de ciência e tecnologia.

“Se nós ganharmos as eleições, vai ficar muito claro que o Brasil precisa da União Europeia. Nós precisamos de ajuda, nós precisamos de parceria, seja do ponto de vista de investimento, seja do ponto de vista de troca de ciência e tecnologia, seja do ponto de vista da participação na construção de um mundo efetivamente limpo, sem emissão de gás carbônico. E o Brasil pode ser protagonista nisso”, afirmou Lula.

O presidenciável acrescentou que as pessoas sabem que a questão climática é “essencial” para a sobrevivência do planeta, mas “teimam” em não respeitar o meio ambiente.

De acordo com o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) a área de floresta desmatada da Amazônia Legal em 2022 foi a maior dos últimos 15 anos. Na semana passada, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a região registrou o pior dia de queimadas desde 2007.

“O Brasil pretende construir parcerias com muitos países, embora o Brasil seja o dono do território da Amazônia, a Amazônia é de interesse e sobrevivência da humanidade e, portanto, todos tem responsabilidade para ajudar a cuidar da Amazônia”, afirmou o candidato do PT.

Para o petista, com investimentos nacionais e estrangeiros na região será possível “extrair da riqueza e da biodiversidade [da Amazônia] o suficiente para sustentar quase 30 milhões de brasileiros que moram na região e outros que moram na Colômbia, no Equador e no Peru”.

Lula declarou ainda que se eleito vai propor à Organização das Nações Unidas (ONU) um novo modelo de governança, que terá a pauta ambiental como um dos pilares de atuação.

“Nós vamos trabalhar muito para que a gente construa uma nova governança nas Nações Unidas. O ano de 2022 não pode continuar sendo o ano de 1948. A geografia do mundo mudou. Os países mudaram. O que nós precisamos é repactuar os participantes, colocar outros países, para que a gente crie uma governança e preste atenção numa coisa séria: a gente não resolverá questão climática se não tiver uma governança mundial que decida e que todos temos que cumprir”, afirmou.

A condução da política ambiental no governo Jair Bolsonaro foi criticada por países europeus e colocou em risco a continuidade do Fundo Amazônia. O fundo financia projetos de estados, municípios e da iniciativa privada para ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, de conservação e de uso sustentável da Amazônia Legal. Os recursos do fundo vêm principalmente de doações da Noruega e da Alemanha, além de aportes da Petrobras.

Guerra na Ucrânia

Ainda no encontro com os eurodeputados, Lula fez comentários sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia no leste da Europa, que já dura mais de seis meses. O petista disse que não concorda, “em hipótese alguma”, com a invasão de um país por outro; e voltou a dizer que, na sua avaliação, faltou “conversa”, “liderança” e “interesse” para se evitar o conflito.

“Quando um não quer, as coisas não acontecem. Eu penso que é lamentável que essa guerra esteja acontecendo no quintal da Europa”, afirmou o candidato do PT.

“Então, eu espero que a gente tenha força, que essa guerra termine o mais rápido possível e que a gente possa voltar a viver em paz. Que a Rússia possa viver em paz. Que a Ucrânia possa viver em paz. É uma torcida que nos fazemos todo dia, principalmente, porque nos moramos num continente que não tem guerra”, completou Lula.

Esquerda na América do Sul

O petista também destacou o avanço de partidos de esquerda na América do Sul, com a ascensão ao poder de Gabriel Boric, no Chile; de Gustavo Petro, na Colômbia; e de Alberto Fernández, na Argentina – que, nas palavras de Lula, está passando por uma “situação econômica complicada”.

“Nós estamos aqui no embate pra ver se conseguimos recolocar a democracia na governança brasileira”, afirmou o candidato do PT.

Boric, Petro e Fernández são alvos de constantes críticas por parte do atual presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. Em discursos de campanha e entrevistas, o candidato do PL à reeleição tem afirmado que, se o PT voltar ao poder no Brasil, pautas progressistas irão avançar e o país, assim como a Argentina, enfrentará uma grave crise econômica.

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