Candidata do MDB à Presidência, a senadora Simone Tebet reclama da desistência precoce do projeto de terceira via por parte dos que rejeitam a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) ao mesmo tempo em que dá uma sinalização de austeridade incomum em campanhas: disse que colocará um freio no ímpeto de servidores por reajustes. “Não tem como dar aumento nos seis primeiros meses”, diz.
Sabatinada ontem no ciclo de entrevistas de presidenciáveis promovido pelo Valor com “O Globo” e a CBN, Tebet destacou, em vários trechos, o fato de ser de centro e ser mulher. Negou ter sido escolhida para o MDB dar vazão à quota obrigatória de 30% de gastos eleitorais com candidatas mulheres.
Provocada a falar sobre expressões machistas usadas por aliados no lançamento de sua candidatura, como Tasso Jereissati, José Serra e Roberto Freire, repetiu que “ninguém ama como uma mulher” e que é disso que o Brasil precisa.
Tebet afirmou que “as pessoas jogaram a toalha” sobre a terceira via no fim de 2021, ao ser indagada sobre sua posição em um segundo turno em que não esteja presente. Ela deposita esperança de crescimento no fato de ser a menos rejeitada e menos conhecida entre os principais postulantes. E admite que errou em 2015 ao citar desconfiança sobre a urna eletrônica.