Parlamentares espanhóis aprovaram nesta quinta-feira(25) medidas de economia de energia adotadas no início deste mês pelo governo de esquerda como parte de um plano europeu para cortar as importações de gás russo, incluindo a limitação de ar condicionado ou aquecimento.
O texto do Partido Socialista (PSOE) do presidente Pedro Sánchez e seu aliado de governo Podemos (esquerda radical), que não têm maioria absoluta no Parlamento, encontrou apoio suficiente de outros partidos e foi aprovado com 187 votos a favor e 161 contra.
A rejeição do decreto-lei teria sido um grave revés para Sánchez, que viaja por três países latino-americanos.
Estas medidas são aplicadas desde que foram publicadas como decreto-lei em 10 de agosto.
Entre as principais medidas está a obrigatoriedade de limitar o ar condicionado a 27°C em lojas, teatros, cinemas, estações de trem e aeroportos. No inverno, o termostato de aquecimento não pode exceder 19°C.
O plano também prevê que as luzes em vitrines comerciais e prédios públicos sejam desligadas após as 22h. Os estabelecimentos com ar condicionado ou aquecimento também devem instalar um mecanismo de fechamento automático de portas antes de 30 de setembro para evitar o desperdício de energia.
Assim, as medidas de economia de energia foram apenas uma pequena parte do decreto-lei, sendo a maior parte dedicada à assistência social, como gratuidade no transporte público e bolsas para estudantes.