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quinta-feira 25 de agosto de 2022 às 14:59h

Helder Barbalho uniu lulistas e bolsonaristas na maior coligação do país; ACM Neto forma a segunda maior na Bahia

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Depois de quebrar em 2018 a alternância de 24 anos entre PSDB e PT, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), busca a reeleição amparado na maior coligação do país, com 16 partidos, o que o coloca em posição vantajosa em relação à oposição.

A aliança de Helder inclui desde o PT, que lançou o ex-presidente Lula para o Palácio do Planalto, até PP e Republicanos, que apoiam a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). O MDB do atual governador do Pará lançou a candidatura de Simone Tebet à Presidência. A segunda maior coligação do país, atrás apenas de Helder, é a de ACM Neto (União Brasil), na Bahia, com 13 partidos.

Nessa ampla aliança, o governador do Pará apoia três candidatos ao Senado, apesar de só haver uma vaga em disputa este ano: Flexa Ribeiro (Podemos), Beto Faro (PT) e Manoel Pioneiro (PSDB). Ao todo, 12 candidatos disputam a vaga que será aberta com o fim do mandato do senador Paulo Rocha (PT).

Em segundo lugar nas pesquisas para o governo, mas bem atrás, está o senador Zequinha Marinho (PL), que ainda tem quatro anos de mandato no Senado.

— O governador cooptou praticamente todos os partidos. Queria concorrer sozinho para ganhar por WO, sem dar alternativa à população — disse o parlamentar.

O Raio-X do Pará — Foto: Editoria de Arte

Operação da PF

Zequinha chamou para vice a odontóloga e professora Rosiany Eguchi (PSC). Ele, que afirma ser bastante próximo do presidente Jair Bolsonaro, tem como candidato ao Senado Mário Couto, ex-senador e filiado ao PL.

Em meados de 2020, no auge da pandemia de Covid-19, o governador foi um dos alvos de uma operação da Polícia Federal devido a denúncias de envolvimento em desvio de recursos públicos na compra de respiradores. Na época, Helder negou ser amigo do empresário que intermediou a aquisição desses equipamentos. Disse ainda que desconhecia que os respiradores não funcionariam e informou ter bloqueado qualquer pagamento à empresa fornecedora.

Na disputa pelo governo, Zequinha afirma que o Pará passa por seu pior momento e que o estado está nos últimos lugares em indicadores como saúde, educação e saneamento.

Procurado, o governador não quis dar declarações ao jornal O Globo. Por meio de sua assessoria, destacou realizações de seu governo, como o programa “Creches por todo o Pará”, para ajudar a zerar o déficit educacional no estado. Helder é filho do senador Jader Barbalho (MDB), ex-governador do estado.

— O Pará viveu uma espécie de dinastia dos governos tucanos. Houve três mandatos do PSDB, com um interstício do PT e a volta dos tucanos — destaca o cientista político Márcio Ponte, da Universidade Federal do Pará.

Concorrência no PT

Na disputa pelo Senado, a expectativa no meio político do estado era que Paulo Rocha buscasse a reeleição. No entanto, segundo pessoas que acompanham diretamente o processo eleitoral no Pará, quem controla a executiva do PT é Beto Faro, que acabou escolhido para disputar a vaga.

— Depois disso, houve uma costura com o ex-presidente Lula, que designou Paulo Rocha para coordenar sua campanha na Amazônia — disse o cientista político Márcio Ponte.

Os demais concorrentes ao cargo de senador são Delegado Jardel (Podemos), Elielton Lira (Avante), Gideon (Agir), Paulo Castelo Branco (Pros), Prado Sá (PV), Renata Fonseca (PRTB), Sabbá (PMB), e Professor João Santiago (PSTU).

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