Eleições em Angola: MPLA com 52% dos votos, UNITA ganha em Luanda

Já estão apurados 86,41% dos votos das eleições gerais

A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) angolana anunciou hoje que o MPLA (poder) mantém vantagem, com 52,8% das votações, seguido da UNITA (oposição), com 42,8%, quando estão escrutinados 86,41% dos votos das eleições gerais desta quarta-feira.

Com 77,12% dos votos apurados em Luanda, a União Nacional para a Libertação Total de Angola (UNITA) lidera com 62,93% dos votos e o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) segue em segunda posição com 33,06%, anunciou hoje o porta-voz da CNE, Lucas Quilundo.

Presidente de Angola abre vantagem após apuração

O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), do presidente João Lourenço, tem 60,65% dos votos nas eleições legislativas celebradas na quarta-feira, após a apuração de 33% das urnas, informou a Comissão Eleitoral.

A União Nacional para a Independência Total de Angola (Unita), do carismático líder opositor Adalberto Costa Júnior.

Mas o vice-líder da Unita, Abel Chivukuvuku, afirmou que o partido lidera a votação, de acordo com a pesquisa de boca de urna da formação.

“Nossos centros de apuração (…) mostram claros indicadores provisórios de uma tendência de vitória da Unita em todas as províncias”, afirmou na quarta-feira à noite.

A apuração começou logo após o fim da votação na quarta-feira, naquela que é considerada a disputa mais acirrada na história democrática do país.

O MPLA tem o controle do processo eleitoral e da imprensa estatal, o que gerou muita preocupação de grupos opositores e civis com a contagem dos votos.

Os resultados de eleições passadas foram questionados e a apuração pode demorar semanas.

A eleição foi dominada pelos muitos problemas de Angola: crise econômica, inflação, pobreza e seca, agravados pela morte do ex-presidente José Eduardo dos Santos.

Mais de 14 milhões de pessoas estavam registradas para votar no país do sul da África.

“As eleições são um sucesso e transcorreram de maneira exemplar”, afirmou na quarta-feira Lucas Quilundo, porta-voz da Comissão Eleitoral.