Ciro Gomes (PDT) tem insistido durante a sua campanha que ele é o único candidato à presidência com propostas concretas de desenvolvimento para o Brasil. Ele tem buscado se diferenciar de Lula (PT) e de Jair Bolsonaro (PL), enfatizando sempre que pode que os dois não conseguiram resolver os problemas do país no tempo em que estiveram no poder e que governaram para as mesmas elites política e econômica.
Segundo
a revista Veja, essa deve ser a tônica da entrevista que o pedetista dará nesta terça-feira (23) ao Jornal Nacional. A ideia é tentar focar nas propostas de seu livro “Projeto Nacional: o dever da esperança” e atacar mais duramente os seus adversários quando for provocado. Segundo a campanha, Ciro não fará uma preparação específica para o novo formato das entrevistas do noticioso, agora com 40 minutos de duração– em 2018, foram 25 minutos.Na última corrida à presidência, o pedetista disse ao Jornal Nacional que apoiava a Lava-Jato pelo caráter histórico do combate à corrupção, apesar de criticar os métodos e abusos cometidos. Ele lamentou a prisão de Lula naquele momento e disse que ele havia sido um bom presidente, que fez “muita coisa boa pra muita gente no Brasil”. Disse ter tido a honra de trabalhar como ministro do petista e afirmou que ele não era “nem um satanás e nem um deus”. Pelo tom do que ele tem dito recentemente, as menções a Lula serão menos elogiosas na edição deste ano.