O vice-governador da Bahia, João Leão (PP), iniciou a corrida eleitoral de 2022 percorrendo o estado para defender a sua candidatura a deputado federal. Ele usará o mesmo número de legenda que usou nas vezes que foi parlamentar federal, o 1115. Rompido com o governador Rui Costa (PT) e dentro do grupo do candidato ACM Neto (União Brasil), o parlamentar chega na disputa de acordo com Henrique Brinco, do jornal Tribuna da Bahia, defendendo o legado no período em que cuidou dos projetos voltados para a economia.
“Acho que, no primeiro turno, dou de cacete”, brincou, em entrevista à Tribuna. “Na última eleição eu tive 204.900 votos quando fui candidato a deputado. Agora quero 204.901. Em todas as eleições, eu tive sempre 50% dos votos a mais”.
Leão lista uma série de projetos dos quais cuidou, a exemplo das usinas de açúcar e energia eólica, uma vinícola e o projeto da Ponte Salvador-Itaparica – a “menina dos olhos” do pepista -, entre outros. Ele, agora, está empenhado em trazer usinas de biomassa para o Estado. “Vamos ter mais dez usinas dessas produzindo energia, que vão produzir mais que as usinas de Sobradinho e Paulo Afonso”, projeta.
Após o rompimento, Leão garante que manteve a união do PP em torno de ACM Neto. Segundo ele, dos 104 municípios que o partido tem prefeituras, apenas 15 atualmente apoiam o petista Jerônimo Rodrigues. “Vamos ganhar no primeiro turno. E Cacá Leão vai ser o senador da República”, garante.
O vice-governador também se diz otimista com a candidatura do filho, a quem diz que se “orgulha muito por ter sido destaque no Congresso Nacional”. Segundo ele, o fato de Cacá ainda aparecer atrás de Otto Alencar (PSD) em projeções feitas até o momento não quer dizer que irá se traduzir no resultado final das urnas: “Isso [as pesquisas] não tem problema. É natural. Se você pegar de 1956 para cá, todos os senadores foram eleitos junto com o governador eleito”.
Sobre a relação com Rui Costa, Leão afirma que não procurou mais o chefe do Executivo estadual após o último abraço dado horas antes de convocar uma coletiva de imprensa para anunciar a ida para o grupo de Neto. Segundo ele, o último encontro dos dois foi no 2 de Julho, onde eles se cumprimentaram.
“Eu não tenho tido diálogo nenhum com o governador Rui Costa, tenho evitado até de ir na vice, porque agora sou candidato a deputado federal. Estou evitando ir na vice para não dizerem que estou utilizando a estrutura de governo para a minha candidatura”, justifica.