O Google anunciou nesta quinta-feira (18) conforme o Globo News, que vai incluir anúncios políticos que mencionam candidatos e políticos que ocupam cargos em nível estadual em seu relatório de transparência para propaganda no Brasil. A medida entra em vigor no início de setembro, cerca de um mês antes do pleito.
A ferramenta, lançada em junho, revela os nomes de quem paga por propaganda política em suas plataformas, como o YouTube, e em sites parceiros que usam o sistema de publicidade AdSense. A medida já estava disponível em oito países e chegou ao Brasil em meio ao acordo firmado com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Por enquanto, o relatório contempla no Brasil apenas anúncios que mencionam partidos políticos e candidatos a cargos de nível federal. Na prática, algumas campanhas políticas de candidatos a governador já apareciam na ferramenta de transparência, quando mencionavam candidatos ou partidos políticos em nível federal.
O critério inicialmente adotado no Brasil foi alvo de críticas de especialistas e organizações da sociedade civil. No mês passado, um pedido para que o Google expandisse seu relatório de transparência de anúncios, de forma a incluir os candidatos a cargos estaduais, constou em um documento com 91 assinaturas que cobra das plataformas de mídia digital medidas mais efetivas para proteger a integridade das eleições no país.
“Com a ampliação de escopo do Relatório de Transparência de Anúncios Políticos, reafirmamos o nosso propósito de oferecer transparência para os anúncios exibidos em nossas plataformas. Sabemos que a publicidade on-line tem um papel central no processo eleitoral, oferecendo aos candidatos mais uma ferramenta para compartilhar suas mensagens, pois a internet tem conectado candidatos a um número cada vez maior de pessoas a um custo mais acessível”, informou a empresa.
O Google exige verificação para anunciantes que querem exibir anúncios eleitorais. A plataforma informou que os interessados em rodar anúncios que mencionem governantes eleitos ou candidatos aos cargos de governadores, vice-governadores, deputados de Assembléia Legislativa Estadual ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal, deverão passar pelo processo obrigatório.