Mais da metade (52%) dos brasileiros que ganham mensalmente valores acima de cinco salários mínimos se diz otimista ou muito otimista com o futuro do país. Nesse grupo, conforme Nicolas Iory, do O Globo, são 28% os que afirmam estar pessimistas.
Os dados são da pesquisa Ipec (empresa fundada por ex-executivos do Ibope) conduzida nacionalmente entre 12 e 14 de agosto. A média nacional de otimismo em relação ao futuro do país é de 42% (soma dos otimistas e muito otimistas), enquanto os pessimistas ou muito pessimistas são 28% dos brasileiros. Outros 25% declaram não estar nem animados nem desanimados com as perspectivas nacionais.
Se entre os mais afortunados a euforia prevalece, o cenário é o oposto entre a população mais pobre. São 33% dos brasileiros com renda de até um salário mínimo por mês que dizem estar otimistas, percentual numericamente inferior aos 35% desse grupo que declaram algum grau de pessimismo com o futuro do país.
O mesmo levantamento do instituto de pesquisas mostra que a parcela mais pobre do eleitorado vota majoritariamente no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno da disputa presidencial. Já os brasileiros de maior renda mensal dão vantagem para o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).
O percentual de otimismo dá um salto quando observada apenas a parcela da população que avalia positivamente o governo de Bolsonaro. Nesse grupo são 74% os que estão animados com o futuro do país, índice que é de 24% para os que consideram a atual gestão federal ruim ou péssima.
O Pulso mostrou nesta terça-feira que 51% dos brasileiros dizem acreditar que Lula será eleito presidente — o petista lidera em intenção de votos. Essa crença é maior entre a parcela mais pobre dos brasileiros (63%), mesmo grupo em que o pessimismo supera o otimismo em relação ao futuro do país.
A pesquisa do Ipec foi contratada pela TV Globo e ouviu 2 mil eleitores com 16 anos ou mais no período de 12 a 14 de agosto. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou menos, com um nível de confiança de 95%. O estudo foi registrado na Justiça Eleitoral sob o número BR-03980/2022.