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O presidente Jair Bolsonaro escolheu a cerimônia de transmissão do cargo de ministro da Defesa, na tarde desta quarta-feira, 2, para fazer seu primeiro discurso depois do dia da posse no Palácio do Palácio do Planalto. Mais cedo, ele havia participado da posse de ministros no Planalto, mas não discursou.
A uma platéia formada por militares, incluindo os comandantes das Forças Armadas, no Clube do Exército, em Brasilia, Bolsonaro afirmou que “hierarquia, disciplina e respeito”, três dos pilares da doutrina da caserna, farão do Brasil uma “grande nação.
Em seu discurso, o presidente exaltou medidas tomadas pelos ex-presidentes José Sarney (1985-1990), Fernando Collor (1990-1992) e Itamar Franco (1992-1994) em benefício das Forças Armadas e afirmou que elas foram “esquecidas” durante os governos Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e Dilma Rousseff (2011-2016). O presidente sequer citou o tucano e os petistas.
“Fomos esquecidos porque as Forças Armadas são, na verdade, um obstáculo para aqueles que querem usurpar do poder”, declarou o presidente, que tem sete generais como ministros, incluindo Fernando Azevedo e Silva, escolhido para a Defesa. Ele recebeu o cargo do também general Silva e Luna.
Bolsonaro também disse que Exército, Marinha e Aeronáutica “sofreram brutal desgaste perante a classe política, mas não junto ao povo”. “Hoje em dia, a situação em que estou aqui, a que o Brasil chegou, é prova inconteste de o povo, em sua maioria, quer hierarquia, respeito, ordem e progresso”, afirmou.
“Mais do que defender a pátria, o que nós defendemos é fazer essa pátria grande”, declarou Jair Bolsonaro.
Um dos três deputados federais que votaram contra a criação do Ministério da Defesa, em 1999, Bolsonaro explicou o posicionamento à plateia militar alegando que a medida foi tomada por FHC por “imposição politica”.
