O Partido Social Democrata da Alemanha (SPD) decidiu nesta segunda-feira (8) de acordo com a agência AFP, em manter o ex-chanceler Gerhard Schröder em suas fileiras, após críticas pelo vínculo com o presidente russo Vladimir Putin, no contexto do ataque russo na Ucrânia.
A seção do SPD em Hannover, no norte do país, reduto do ex-chefe de governo de 78 anos, não considerou nenhuma violação aos regulamentos do partido.
“Gerhard Schröder não foi declarado culpado de infração ao regulamento do partido, já que não foi possível provar tal violação contra ele”, explica a seção através de um comunicado.
Entretanto, o documento acrescenta que seria “desejavel” uma “distância clara” do presidente russo.
“A comissão de arbitragem considera que o âmbito das amizades pessoais faz parte do campo da vida privada”, acrescenta a seção.
Os membros do SPD podem recorrer dessa decisão no prazo de um mês.
Cerca de 15 seções locais do partido, atualmente no poder da Alemanha, pediram sanções contra Schröder por conta de suas relações com o líder russo e suas atividades dentro de grupos de energia russos. Alguns membros pediram, inclusive, sua exclusão do partido.
O ex-dirigente acabou deixando o conselho de administração da gigante petroleira russa Rosneft em maio, e afirma ter renunciado a entrar no conselho da gigante companhia de energia Gazprom.
Ao contrário de outros ex-líderes europeus que estavam na direção da empresa russa antes da guerra, Schröder demorou a se demitir de suas funções.
O ex-chanceler está fortemente envolvido nos controversos gasodutos Nord Stream AG, responsáveis pela conexão entre Rússia e Alemanha.