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sexta-feira 5 de agosto de 2022 às 16:46h

Lula defende mais verba para a saúde: “Compromisso que estou assumindo”

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Ao participar, nesta sexta-feira (5), da 17ª Conferência Nacional da Saúde, em São Paulo, Lula assumiu o compromisso de transformar o cuidado da saúde do povo em um desafio central do seu governo, caso venha a ser eleito em 2 de outubro.

Ao discursar para os profissionais de saúde que participaram do encontro e ajudaram a elaborar propostas para o setor, Lula lembrou que não se pode separar a saúde de outras políticas públicas; lamentou que o atual governo ataque permanentemente o SUS e defendeu mais recursos  para a área, o que, segundo ele, não pode ser encarado como gasto.

“Nós não podemos continuar usando a palavra gasto quando se trata de cuidar da saúde do povo brasileiro. A gente tem que avaliar quanto custa para um país uma pessoa com saúde. A capacidade produtiva dessa pessoa cresce muito. E melhora a capacidade produtiva do país”, disse, fugindo um pouco do discurso que havia preparado com antecedência.

Adiante, completou: “Para cumprir a missão de garantir saúde para todos e todas, das vacinas ao transplante, é preciso ampliar o investimento na saúde pública. E esse é um compromisso que estou assumindo com o Brasil e o povo brasileiro”.

Legado de seu governo

Lula reconheceu que não foi possível fazer tudo que precisava ser feito durantes seus governos. Mas celebrou as inúmeras conquistas alcançadas graças ao emprenho dos trabalhadores do Sistema Único de Saúde.

Lembrou que, quando era presidente, a expectativa de vida no país cresceu de 70 anos e 9 meses em 2002 para 75 anos e 9 meses em 2016. Que no seu governo e no de Dilma, a mortalidade infantil foi reduzida pela metade, a rubéola e o sarampo foram erradicados, a cobertura vacinal foi ampliada e se tornou referência mundial.

E esses avanços se deram porque, antes de tudo, combateu-se a fome, geraram-se emprego e aumentou-se a renda do trabalhador, valorizando o salário mínimo. Investiu-se em educação, moradia e saneamento básico.

“Sem isso, a gente não pode falar em saúde. E, hoje, com o povo na fila do osso e da carcaça de frango, nós vamos precisar fortalecer muito o sistema de saúde para que a gente não deixe este país ter uma pandemia da fome”, argumentou.

Irresponsabilidade sem limites

O ex-presidente lamentou que Jair Bolsonaro tenha conduzido um governo de morte, mesmo durante uma crise como a provocada pela pandemia de Covid-19.

“A irresponsabilidade desse desgoverno não tem limites. O atual presidente lidou com a pandemia de forma criminosa, e é responsável direto por centenas de milhares das mais de 678 mil mortes pela Covid”, lembrou.

E concluiu: “Quero terminar dizendo que vocês terão na Presidência um companheiro que não se afastará, em nenhum momento, do compromisso de lutar pela vida, em defesa do SUS e da saúde do povo brasileiro”.

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