Esse artigo nāo trata de posições ou projeções políticas, mas de percepção pessoal em função das conversas, reuniões, leituras e interações que tenho tido nos últimas semanas.
O que nos tem sido externado, pode se traduzir como segue.
O temor da volta de Lula a presidência, para quem tem básicos conhecimentos de economia, trás consigo a constatação de perspectivas sombrias para a sobrevivência das famílias e as perspectivas se tornam cada vez menos excitantes para as novas gerações.
O arcabouço jurídico-político do nosso querido Brasil, para essas pessoas, nāo resulta qualquer esperança de um pais capaz de produzir riqueza material, cultural e espiritual, num ambiente de um Estado centralizador, controlador e que nāo estimula a livre iniciativa e pune os criadores e geradores de riqueza, de novo, material, cultural e espiritualmente, aqueles que prosperam e sāo capazes de fazer seu entorno seguir seu exemplo.
Muito acima dos personagens e narrativas vigentes na polarização estabelecida, tanto no Brasil quanto no resto do mundo, essas pessoas estāo convencidas, que a história do mundo mostra claramente que os governos ditos de esquerda, no final das contas, apesar dos discursos humanitários e otimistas, acabam nāo entregando vida melhor para a maioria dos seus conterrâneos.
Veem no Brasil, infelizmente, um país de instituições nada sólidas em que se possa depositar confiança em longo prazo.
E essa é a diferença significativa quando se considera uma mudança para um pais como os EUA.
Os Estados Unidos mesmo estando longe de ser um pais perfeito, permite e incentiva a diversidade de opiniões, o respeito as vontades, os valores, as iniciativas, a mobilidade social e a propriedade privada.
Vejam quantas mudanças os governos Obama e Trump tentaram fazer, por exemplo, nas questões imigratórias. As instituições, Congresso Nacional e Judiciário, no frigir dos ovos, nāo permitiram nenhuma profunda alteraçāo nas regras em vigor.
E é exatamente isso que torna os EUA um pais tāo atrativo para tanta gente. Há previsibilidade. Há açāo. Há pragmatismo. E há uma economia pujante precisando de gente para contribuir ainda mais para o crescimento dessa Naçāo.
Mas, mais do que tudo, há entrega de qualidade de vida para a maciça maioria da populaçāo. É por isso que estou aqui e desejo o mesmo para quem gosto, amo e aprecio.
Nāo é sem razāo que quem tem disponibilidade de recursos líquidos no Brasil, se já nāo retirou tudo disponível do pais, estāo fazendo isso, e os trazendo, principalmente, para os EUA. Ou, ao menos, estāo diversificando e dolarizando fortemente seu patrimônio.
O passo seguinte? Deixar o Brasil. As estatísticas provam isso cada dia mais.
Por Ariel Yaari