O candidato à presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, voltou a disparar ataques ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato pelo PT. Nesta sexta-feira (29), ele afirmou que se Lula for eleito, será o “maior estelionato eleitoral da história do Brasil”.
Ele compareceu à reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), na Universidade de Brasília (UnB). Durante a palestra, ele disse que Lula é “boa gente”, assim como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e que “andou com eles a vida inteira”. Depois, questionado por jornalistas, criticou o petista.
“Que ele é uma boa pessoa, eu não tenho a menor dúvida. Porque o Bolsonaro não é uma boa pessoa. Agora, o Lula se corrompeu mesmo. O Lula é um grande corrupto e um grande corruptor da vida brasileira”, disse.
“O ambiente de lacração, de cancelamento, de grosseria política, de violência, não é só o Bolsonaro que promove. O comportamento da militância do gabinete do ódio do PT e do Lula é um dos mais fascistas e execráveis do Brasil”.
Ainda segundo o candidato do PDT, Lula “paga de bonzinho” mas promove agressões e mentiras “tão graves quanto as de Bolsonaro.”
Reitores das universidades
Mais cedo, Ciro Gomes foi à sede da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), onde defendeu a autonomia das universidades federais para a escolha dos reitores.
Ao se referir ao adversário petista, disse que “90% das pessoas aqui [reitores] são Lula” e comparou a situação à declaração de apoio da cantora Anitta ao ex-presidente, quando o pedetista disse que sentia uma “dor de cotovelo”.
Em seguida, em tom de brincadeira, Ciro consertou, dizendo que Lula deve ter o apoio apenas de “42% das pessoas daqui”.
O pedetista também não poupou de críticas o ministro da Economia, Paulo Guedes, a quem chamou de “canalha”. Mas na avaliação dele, os ministros da Fazenda de governos anteriores, como Guido Mantega (governos Lula e Dilma Rousseff) e Joaquim Levy (governo Dilma) “pensam igual”. Já Antônio Palocci, do início do governo Lula, “não pensava nada”, disse o candidato.