Em conversas nos bastidores de encontro com empresários na Confederação Nacional do Comércio (CNC) na terça-feira (12), em Brasília, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse segundo a Folha, que a possibilidade de que a candidatura presidencial de Simone Tebet (MDB) ganhe força não pode ser descartada.
Ele disse a seus aliados que ela não pode ser vista como carta fora do baralho e que é necessário ficar de olho em sua campanha, que se coloca como uma via alternativa diante da polarização entre o petista e Jair Bolsonaro (PL).
Ainda que as pesquisas de intenção de voto mostrem Lula e o atual presidente com larga vantagem em relação aos concorrentes, lideranças do MDB têm dito que enxergam com otimismo os 4% registrados para a senadora em algumas sondagens, como mostrou o Painel.
O patamar já é semelhante ao obtido pelo partido em outras disputas presidenciais, mesmo com nomes muito mais conhecidos do que a senadora sul-matogrossense.
Em 1989, o deputado federal Ulysses Guimarães, referência do fim da ditadura e da Constituinte, terminou a disputa com 4,73% dos votos. Em 1994, o ex-governador de São Paulo Orestes Quércia recebeu 4,38%.
Na outra eleição em que o MDB apresentou candidato próprio, em 2018, Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, ficou com apenas 1,2%. A expectativa é que Tebet atinja 6% no começo oficial da campanha, em agosto.