A Polícia Civil do Paraná descartou, nesta sexta-feira (15), motivação política no assassinato do guarda municipal e militante petista Marcelo Arruda no último fim de semana.
O agente penitenciário federal Jorge José da Rocha Guaranho, acusado pelo crime, foi indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe e por causar perigo comum.
De acordo com a delegada chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, Camila Cecconello, “Guaranho não foi lá [na festa de aniversário] para fazer ronda. Ele foi no intuito de provocar a vítima. Nesse primeiro momento fica muito claro que houve uma provocação por motivos políticos. Agora, quando ele volta para casa e resolve retornar à festa, não há provas que indiquem que ele voltou porque queria cometer um crime de ódio contra uma pessoa ou pessoas de outro partido político que não o dele”.
Segundo Cecconello, Guaranho soube da festa através de uma testemunha. “Ele [Guaranho] tinha o hábito de diariamente checar as câmeras por ter um cargo ali no clube. Essa pessoa era um funcionário do local onde a festa do petista acontecia”.
A delegada afirmou ainda que não há indícios de que Guaranho e Arruda se conheciam.
“Segundo depoimento das testemunhas, ambos haviam ingerido álcool, mas a vítima não estava em estado de embriaguez. Já com relação ao Guaranho, algumas testemunhas afirmam que ele estava bem alterado, apresentando sinais de embriaguez. Ainda não temos o laudo do hospital relatando o teor alcoólico recente”, completou.