A queda aconteceu após o Departamento de Trabalho dos EUA anunciar que a inflação subiu 1,3% em junho, acumulando 9,1% em 12 meses. Esse é o maior avanço em 40 anos, desde novembro de 1981.
O número consolida as expectativas de que o Banco Central dos Estados Unidos continue elevando a taxa de juros. Como a economia do país é considerada a mais segura do mundo, juros mais elevados tornam os ativos dos EUA mais atraentes, valorizando a moeda.
O mercado financeiro espera que a taxa de juros suba mais 0,75 ponto percentual na reunião do Conselho Monetário deste mês, que acontece entre os dias 26 e 27.
Por que o Euro está se desvalorizando
Além da inflação nos Estados Unidos, a guerra na Ucrânia também contribui para o tombo da moeda europeia.
Os investidores temem um corte no abastecimento de gás da Rússia, o que poderia causar recessão no continente. A matéria-prima chega por um gasoduto que, atualmente, está em manutenção.
O grupo russo Gazprom iniciou consertos no Nord Stream 1 nesta terça-feira (12), e os países europeus estão na expectativa para saber se Moscou vai reestabelecer o fornecimento após as obras, previstas para durar 10 dias.
Para Mark Haefele, analista do UBS, uma suspensão do fornecimento de gás russo na Europa “provocaria uma recessão em toda a zona do euro com três trimestres consecutivos de contração da economia”. Além da questão do gás, os altos preços de importação, especialmente de energia, também estão impulsionando a inflação no continente.