A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), negou nesta segunda-feira (11) conforme o Estadão, que o pedido para federalização da investigação sobre o assassinato do guarda-municipal Marcelo Arruda, que era tesoureiro do partido em Foz do Iguaçu (PR), esteja relacionado à atuação da polícia do Paraná. Como mostrou o Estadão/Broadcast, a possibilidade de federalizar surgiu diante da notícia de que a delegada que até então conduzia o caso, Iane Cardoso, fez publicação contra petistas em suas redes sociais em 2017. Na manhã desta segunda-feira, o governo do Estado do Paraná retirou Iane da condução do caso. O crime está nas mãos da delegada Camila Cecconello.
“[Pedido de federalização] não é em relação à polícia do Paraná. É em relação à gravidade do crime. Não achamos que pode ser investigado como crime comum”, disse aos jornalistas após reunião do conselho político da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que se reuniu em São Paulo.
Marcelo Arruda, dirigente do partido, foi morto a tiros no sábado, 9, durante sua festa de aniversário de 50 anos, que tinha decoração com o tema do Partido dos Trabalhadores (PT). O atirador, Jorge José da Rocha Guaranho, é agente penitenciário federal e apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Desconfiança
Entre petistas, o clima é de desconfiança com a Polícia Civil para investigar o caso. Eles dizem que a falta de andamento do atentado à caravana do ex-presidente Lula no Paraná, em 2018, é uma das razões para a desconfiança.
O PT acredita que existe uma escalada de atentados da extrema-direita desde a última disputa presidencial e, internamente, o partido criou neste ano uma comissão sobre violência política.
“Não vivíamos isso no processo eleitoral brasileiro. Isso é recente. Isso tem nome e endereço. É um movimento que foi deflagrado por Jair Bolsonaro. Movimento do ódio, da eliminação”, disse Gleisi.