O PT pode tomar medidas especiais de proteção ou alterar o esquema de segurança que já protege Lula para as próximas agendas do ex-presidente em função do assassinato do militante petista Marcelo Arruda cometido pelo bolsonarista Jorge Guaranho em Foz do Iguaçu. A decisão do comando da campanha de Lula à Presidência era não fazer nenhuma alteração, pois a segurança de Lula já havia sido reforçada pela Polícia Federal antes do seu comício no Rio de Janeiro, ocorrido na quinta-feira (7). Foram agregados mais 27 policiais federais, que se juntaram aos oito que já cuidavam de proteger o petista.
Além de policiais, segundo a coluna de Lauro Jardim, no O Globo, o esquema de segurança conta também com carros blindados, coletes à prova de balas (o próprio Lula usou um no comício do Rio) e outros equipamentos.
Está prevista uma viagem de Lula nesta terça-feira (12) a Brasília. Ele vai almoçar com as bancadas de deputados e senadores, além de lideranças aliadas.
Originalmente, o reforço de segurança aos presidenciáveis só deveria acontecer após a homologação de suas candidaturas pelas respectivas convenções partidárias, ou seja, entre os dias 20 de julho e 5 de agosto. Mas a PF resolveu antecipar esse calendário para alguns pré-candidatos.
A coordenação da equipe de segurança de Lula está a cargo do delegado Andrei Rodrigues, que tem um histórico de atuar com petistas. Ocupou o mesmo papel de agora na primeira campanha presidencial de Dilma Rousseff, em 2010.
Um integrante importante da campanha, porém, diz que o assassinato de ontem não deve fazer Lula mudar o seu jeito de fazer campanha:
— O Lula é um político de contato. Ele gosta de interagir com a população, de abraçar as pessoas. A segurança fica preocupada, mas ele não vai mudar este estilo.