O senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) entrará segundo a revista Veja, com uma representação no Conselho de Ética do Senado contra seus colegas Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Davi Alcolumbre (União-AP) e Marcos do Val (Podemos-ES).
Em entrevista ao jornal Estado de S.Paulo, Marcos do Val admitiu ter recebido 50 milhões de reais por meio das chamadas emendas do relator, também conhecidas como orçamento secreto.
Os recursos teriam sido distribuídos em retribuição ao apoio que o parlamentar deu à eleição de Pacheco como presidente do Senado. Alcolumbre teria sido a pessoa, segundo Marcos, que avisou que o dinheiro estaria disponível.
Alessandro Vieira alegou que a barganha configura compra de votos e seria um crime. Ele prometeu levar o caso na próxima segunda à PGR e também ao Conselho de Ética. É sabido, contudo, que o conselho é um dos órgãos mais mais adormecidos do Parlamento e uma possibilidade de punição ainda é tida como remota. Mesmo assim, Vieira foi à carga.
“Distribuição de dinheiro público como gratificação por voto não é só imoral. É crime! Na segunda apresentarei representação ao PGR e ao Conselho de Ética do Senado em face dos senadores Davi Alcolumbre, Rodrigo Pacheco e Marcos Do Val, para que todos esses fatos sejam apurados”, disse.