Após seis anos de investigação e duas semanas de julgamento na Suíça por acusações de fraude, o ex-jogador francês e ex-presidente da Uefa, Michel Platini, e o ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter, foram absolvidos, nesta sexta-feira (8), por falta de provas. Eles foram inocentados no caso que investigava denúncias de corrupção pelo Tribunal Criminal Federal da cidade de Bellinzona, no sul da Suíça.
Os dois réus, que podiam pegar até cinco anos de prisão, ouviram a sentença em silêncio. Ambos sempre se declararam inocentes.
Blatter, que liderou a entidade máxima do futebol durante 17 anos, e Platini, que dirigiu a Uefa entre 2007 e 2015, foram acusados de pagamentos ilegais da Fifa para o ex-jogador francês, em 2011, de valores que chegavam a dois milhões de francos suíços (aproximadamente R$ 11 milhões).
Em meados de junho, a promotoria havia pedido uma condenação de um ano e oito meses de prisão com suspensão condicional, mas os juízes não seguiram essa recomendação. “Um tribunal neutro finalmente decidiu que nenhuma ofensa foi cometida neste caso. Meu cliente está completamente inocentado e aliviado com o resultado”, comentou Dominic Nellen, advogado de Michel Platini.
É o fim de uma saga jurídica que acelerou o término da carreira de Michel Platini. Absolvido de todas as acusações, ele e Joseph “Sepp” Blatter terão direito a uma indenização: 142.000 francos suíços (mais de R$ 700 mil) para o ex-presidente da Uefa e 102.000 francos (cerca de R$ 500 mil) para ex-chefe da Fifa, conforme relata o enviado especial da RFI a Bellinzona, Jérémie Lanche.