domingo 12 de maio de 2024
Home / NOTÍCIAS / Rodrigo Garcia abre palanque para Bivar por aliança com União Brasil em SP
quinta-feira 7 de julho de 2022 às 06:09h

Rodrigo Garcia abre palanque para Bivar por aliança com União Brasil em SP

NOTÍCIAS, POLÍTICA


O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), decidiu abrir seu palanque para o presidenciável da União Brasil, Luciano Bivar, em busca de garantir uma coligação com a sigla. Rodrigo já tem uma aliança com o MDB, de Simone Tebet.

Os dois partidos brigam ainda pela posição de vice na chapa de Rodrigo, com os indicados Henrique Meirelles (União Brasil) e Edson Aparecido (MDB). Milton Leite (União Brasil) é outro nome lembrado, sobretudo para o Senado.

A vaga para o Senado, aliás, também é disputada, mas, nesse caso, além dos dois partidos, PSDB e Podemos querem espaço. A preferência, no entanto, não é para candidatos tucanos, e sim para a coligação.

Aliados de Rodrigo afirmam que o governador deve decidir sobre a formação da chapa mais adiante e argumentam que a aproximação com Bivar tem o benefício de atrair o tempo de TV e o fundo eleitoral da União Brasil, partido que lidera nesses recursos, apesar de o PSDB ter decidido apoiar Tebet nacionalmente.

No programa Roda Viva, da TV Cultura, na segunda-feira (4), Rodrigo afirmou que a aliança nacional PSDB-MDB não vincula suas alianças no estado e abriu espaço para Bivar, apesar de garantir que Tebet terá palanque.

“Eu estou com disposição total de participar das ações da campanha do Luciano Bivar. […] Terá meu apoio.”

Questionado sobre a divisão entre Bivar e Tebet, respondeu: “Nós vamos encontrar na política um caminho seguro para que essas forças da terceira via tenham na minha candidatura um espaço de diálogo e de exposição das suas ideias em São Paulo”.

Tucanos de São Paulo dizem que o governador não se vê obrigado a fazer campanha para Tebet e, portanto, pode dividir seu palanque. Argumentam ainda que isso serve à estratégia de atrair eleitores de Tebet, Bivar, Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

Rodrigo tem buscado se contrapor à polarização nacional em São Paulo, e não estar associado a nenhum candidato a presidente em específico ajuda sua imagem de independência, de acordo com aliados.

Há ainda o fato de que Tebet é vista como algoz de João Doria (PSDB), já que o ex-governador, aliado de Rodrigo, retirou sua candidatura ao Planalto cedendo à pressão da direção tucana para apoiar a emedebista.

Na leitura dos tucanos, como nem Tebet nem Bivar demonstram ter chances nas pesquisas, transitar entre um e outro tampouco traria prejuízo eleitoral ou despertaria fúria de partidos aliados e eleitores contra Rodrigo.

Na última pesquisa Datafolha, divulgada em junho, Tebet teve 1% e Bivar não pontuou. Lula lidera com 47%, e Bolsonaro marca 28%.

Em São Paulo, também segundo o Datafolha, Fernando Haddad (PT) está à frente com 34%. Rodrigo está empatado com o candidato de Bolsonaro, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 13%. O governador e o bolsonarista estão engajados em uma campanha paralela pela segunda vaga no segundo turno.

Parlamentares do PSDB mais próximos a Tebet, no entanto, criticam o espaço dado por Rodrigo a Bivar —um nome desconhecido. A campanha da emedebista, argumentam, tem mais densidade, expectativa e deve ter o senador Tasso Jereissati (PSDB) como vice.

Nos bastidores, há a expectativa entre tucanos de que Bivar desista de concorrer ao Palácio do Planalto, economizando verba para as candidaturas estaduais e proporcionais.

​​​Como mostrou o Painel, Bivar e Rodrigo estarão juntos em evento da União Brasil na capital paulista, no sábado (9). Eles participarão de um ato de filiação e pré-convenção nacional, junto com parlamentares e pré-candidatos.

A ideia é fazer uma demonstração pública da aliança entre Rodrigo e a União Brasil depois de o próprio Bivar ter exposto uma crise na relação. O presidente da União chegou a afirmar que não apoiaria o tucano, já que o PSDB optou por Tebet, e não por ele. Bivar admitiu abrir conversas com Haddad e Tarcísio.

Em São Paulo, o partido se dividiu entre aqueles próximos a Bivar e aqueles próximos a Rodrigo, originários do DEM, que sempre defenderam a coligação com o governador e que dominam o diretório estadual da legenda.

Mesmo com o entendimento entre Bivar e Rodrigo, membros da União Brasil pontuam que o governador terá que fazer mais do que abrir seu palanque para garantir a coligação. Eles cobram uma declaração formal de apoio exclusiva do PSDB-SP a Bivar, afastando o MDB.

O partido pleiteia ainda a vaga de vice com Meirelles ou com outros nomes como Rosângela Moro ou Marcos Cintra.

Entre interlocutores de Rodrigo, porém, há quem diga que a vice já está prometida para o MDB, que deve indicar o ex-secretário municipal de Saúde Edson Aparecido. Outros afirmam que não há acordo, apenas uma vontade de emedebistas nesse sentido.

Tucanos afirmam que a chapa está em aberto e se dividem em críticas a Meirelles ou a Aparecido, argumentando que um ou outro pouco acrescentam à candidatura. Outra opção aventada é lançar uma mulher de fora da política como vice.

Auxiliares de Rodrigo lembram que tanto o MDB como a União Brasil já são contemplados com secretarias na sua gestão.

A vaga para o Senado poderia ser preenchida por MDB ou União —aquele que perdesse a vice—​, mas também há tucanos na briga, como José Aníbal e Fernando Alfredo. O Podemos, que deve apoiar Rodrigo, quer lançar Heni Ozi Cukier.

Veja também

Quem era Amália Barros, deputada amiga de Michelle Bolsonaro, que morreu aos 39 anos

Eleita deputada federal por Mato Grosso com 70.294 votos, em 2022, Amália Barros (PL) morreu …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!
Pular para a barra de ferramentas